A cirurgia bariátrica revolucionou a medicina, no que se refere ao tratamento da obesidade. Com o advento de novas tecnologias, diversas técnicas foram criadas. No entanto, nem todas são aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Você sabe quais são as técnicas permitidas? Então, continue a leitura do texto para saber essa resposta e entender como cada método funciona.
Como funciona a cirurgia bariátrica?
A cirurgia bariátrica, também chamada de cirurgia de redução de estômago, atua no tratamento da obesidade mórbida ou grave e das doenças adquiridas em função dela. No entanto, o procedimento não deve ser visto como uma alternativa rápida ao emagrecimento.
O procedimento é realizado apenas quando é a última possibilidade que permite ao paciente obter a redução de peso. Há também uma recomendação para que menores de 16 anos e maiores de 70 anos não realizem a cirurgia.
O principal requisito a ser preenchido pelos pacientes é de ter o Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 40 ou maior ou igual a 35, para quem já tenha desenvolvido alguma complicação em função da doença.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de técnicas de cirurgia bariátrica, sendo eles a gastroplastia em Y de Roux (GYR), a gastrectomia vertical (GV), a derivação biliopancreática (DBP) e a banda gástrica ajustável.
Bypass gástrico
A gastroplastia em Y de Roux, ou bypass gástrico, é a técnica mais realizada no Brasil. A justificativa está na reconhecida segurança e eficácia do procedimento. Essa cirurgia é baseada no grampeamento do estômago do paciente.
Esse grampeamento reduz grande parte da capacidade do órgão, alterando seu tamanho para um reservatório de, no máximo, 30 ml de volume. Como consequência dessa diminuição, o indivíduo sente menos fome e vontade de se alimentar.
Além do estômago, essa técnica também mexe com o intestino. Isso porque ele tem o seu trânsito desviado, em formato de Y, para que haja um aumento dos hormônios da saciedade. Essa ação conjunta é o que garante o emagrecimento e a remissão de doenças.
Sleeve
A gastrectomia vertical, ou sleeve, proporcionou a realização mais ágil da cirurgia bariátrica. Nesse método, o estômago perde 70% da sua capacidade, sendo transformado em um tubo de, no máximo, 100 ml de volume.
Essa alteração faz com que haja uma redução da presença de grelina, o hormônio do apetite, no organismo. Porém, diferente do bypass gástrico, a cirurgia com a técnica sleeve não é reversível.
Derivação biliopancreática (DBP)
A derivação biliopancreática é a associação do método sleeve com parte da técnica de bypass gástrico. No DBP, o paciente tem 85% do seu estômago retirado e o seu intestino é desviado. Essa técnica é indicada para pacientes que possuam um grau elevado de obesidade.
Com o desvio, o alimento é ingerido e passa por um caminho diferente do trajeto por onde circulam a bile o suco pancreático. O encontro do alimento com os sucos digestivos ocorre apenas a 100 cm antes do fim do intestino delgado, inibindo a absorção de nutrientes.
Diferente do bypass gástrico, a derivação biliopancreática mantém o estômago em um tamanho maior, encurtando o intestino. Dessa forma, há uma maior ingestão de alimentos, redução da intolerância alimentar e redução de peso.
Banda gástrica ajustável
A banda gástrica é um dispositivo de silicone que é inserido no início do estômago. Esse objeto é conectado a um reservatório no qual é injetado água destilada para estreitar ainda mais o órgão ou para aliviá-lo.
Assim, o principal benefício está na versatilidade da técnica, que também é pouco invasiva e reversível. O aspecto negativo é a possibilidade de rejeição da prótese pelo organismo, além de ser inadequada para pacientes portadores de esofagite de refluxo e hérnia de hiato.
Essas são as quatro técnicas de cirurgia bariátrica autorizadas e reguladas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Caso tenha mais dúvidas, procure um endocrinologista. Quer saber mais? Clique no banner!