Dentre os métodos contraceptivos existentes, a pílula anticoncepcional é o mais adotado pelas mulheres brasileiras. No entanto, existem diversas outras formas de evitar uma gravidez indesejada. Esse é o caso do anel vaginal.

No entanto, no que esse método consiste exatamente? Como utilizá-lo? Ele é tão efetivo quanto a pílula? Oferece algum risco à saúde? Retire essas e outras dúvidas abaixo.

O que é o anel vaginal?

Como o próprio nome indica, trata-se de um anel que é colocado no interior da vagina. Ele possui hormônios femininos (progesterona e estrogênio) que são capazes de evitar que ocorra a ovulação e, consequentemente, a gravidez.

Sua ação dura 30 dias, o que significa que a mulher só deve se preocupar com ele uma vez ao mês, diferentemente da pílula, que deve ser tomada todos os dias e que pode apresentar falhas caso seja esquecida.

O anel é melhor que a pílula?

A resposta para essa pergunta varia de acordo com a mulher, que pode se sentir mais confortável utilizando um ou outro. No entanto, do ponto de vista funcional, o anel é mais vantajoso.

Isso é justificado por duas principais razões. Em primeiro lugar, não existe o já mencionado risco de esquecimento, como ocorre com a pílula. Em segundo lugar, como os hormônios são absorvidos diretamente pela circulação sanguínea, em vez de caírem primeiro no estômago, seus efeitos colaterais são menores.

No entanto, em termos de chances de engravidar, anel e pílula apresentam resultados similares e não existe proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis quando é realizado sexo sem preservativo. Por esse motivo, o anel é mais indicado para mulheres que possuem parceiro fixo.

Como o anel contraceptivo é colocado?

O anel é de silicone e deve ser inserido e retirado da vagina pela própria mulher. Ele deve ser colocado no primeiro dia da menstruação e mantido por três semanas. Após esse período, deve ser retirado, e a mulher precisa ficar sem ele por uma semana, para que ocorra a menstruação. Depois de sete dias, um novo anel deve ser inserido.

Por ser de silicone, o anel é capaz de se adaptar à anatomia da mulher, sem causar desconforto no dia a dia e nas relações sexuais, já que o objeto não deve ser retirado para que ocorra o ato sexual.

Vale ressaltar que não existe risco de o anel se “perder” dentro do corpo, pois o colo do útero impede que ele seja inserido mais a fundo do que deve.

O anel vaginal pode ser utilizado por qualquer mulher?

Não. Como seu método de funcionamento consiste na liberação de baixas doses de hormônio, mulheres com contraindicações à pílula não podem utilizá-lo. Um ginecologista deve ser procurado para que se chegue à melhor opção de método contraceptivo.

O uso do anel pode engordar?

Dependendo da mulher, sim, pois os hormônios liberados podem levar à retenção de líquidos e ao aumento do apetite, favorecendo o ganho de peso. Mas esse efeito colateral costuma ser menor do que no uso da pílula.

Por fim, é importante destacar que o anel vaginal não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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