A radioterapia é um dos procedimentos mais comuns para tratar pacientes oncológicos, mesmo após a realização de cirurgia. Será que crianças podem ser submetidas a esse tratamento? Esse é o tema do nosso artigo de hoje.
Como funciona a radioterapia?
Diferente da quimioterapia, a radioterapia é um tratamento local que incidirá apenas sobre a área onde está (ou esteve) o tumor.
Nesse procedimento, o paciente é submetido a uma dose pré-calculada de radiação sobre a área tumoral. O objetivo é impedir que as células cancerígenas multipliquem-se, provocando o mínimo possível de dano nas células saudáveis.
A radioterapia pode tanto ser indicada como único tratamento quanto ser associada à quimioterapia e/ou cirurgia. Tudo dependerá de cada caso e da avaliação do profissional de Oncologia.
É possível fazer radioterapia em crianças?
O número de crianças diagnosticadas com câncer ainda é bem menor se comparado ao de adultos. Mesmo assim, todos os anos, são cerca de 300 mil novos casos acometendo crianças e adolescentes no mundo todo.
A radioterapia pode, sim, ser realizada em pacientes infantis. Inclusive, durante a infância, os tumores são mais sensíveis à radiação devido à reprodução acelerada das células. Por isso, é possível que o tratamento seja ainda mais eficaz do que quando é direcionado a um adulto.
Por outro lado, é importante lembrar que na infância as células saudáveis também estão em plena multiplicação e, por isso, a radiação pode ser mais danosa para os órgãos e tecidos saudáveis, que estão em desenvolvimento. Por esse motivo, a indicação da radioterapia para pacientes oncológicos infantis precisa ser feita com extremo critério.
A prioridade sempre deve ser encontrar a melhor forma de combater o câncer comprometendo o mínimo possível as células saudáveis, para que o paciente não tenha outros problemas de saúde.
Efeitos colaterais
As reações adversas à radioterapia podem variar muito de uma criança para outra e também conforme o local do tumor. Alguns pacientes apresentam esses efeitos logo nas primeiras sessões, enquanto outros os manifestam mais tardiamente.
Os efeitos mais comuns são boca seca e aparecimento de feridas na região. Dores para urinar, diarreia e manchas vermelhas na pele podem ocorrer. Também existem as reações associadas ao local irradiado. Se o tratamento é feito no abdome, a criança pode ter problemas gastrointestinais. Se o tratamento é nos órgãos genitais, o paciente pode sofrer de infertilidade no futuro e assim por diante.
Essas reações tardias (como a possibilidade de infertilidade, por exemplo) estão entre os elementos ponderados pelo médico antes de recomendar a radioterapia para uma criança. O tratamento definido será aquele em que os prós superem os contras.
A cada efeito colateral percebido, é importante que os pais conversem com o médico, porque existem formas de tratar ou, pelo menos, de aliviar cada reação. Quanto menos doloroso o tratamento for para a criança, mais positiva ela será em relação ao processo, e certamente isso só irá trazer benefícios.
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