Também denominado câncer cervical, o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e colorretal.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só em 2018, mais de 16 mil novos casos foram diagnosticados. A doença acomete, principalmente, mulheres acima dos 25 anos.
Esse carcinoma é um tipo de tumor maligno que ocorre na parte inferior do útero, região que se conecta com a vagina e que se abre para a saída do bebê durante o parto normal.
Sintomas
O câncer cervical é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial.
Nos casos mais avançados, um dos sintomas mais comuns é o sangramento vaginal logo após a relação sexual. Secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a questões urinárias ou intestinais também são comuns.
Causas
A causa do câncer de colo do útero é, principalmente, a infecção persistente de alguns tipos do papilomavírus humano, conhecidos como HPV.
A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença, na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
Essas alterações são descobertas facilmente no exame conhecido como Papanicolau, sendo a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da enfermidade. Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura desse câncer são de 100%. Por isso, é importante a realização do exame periodicamente.
A prevenção também se faz necessária e é possível evitar a infecção por HPV. A medida preventiva mais preconizada é o uso de preservativo durante as relações sexuais.
Além disso, existem vacinas para prevenção do HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Elas podem ser tomadas pelas mulheres da infância à fase adulta, dos nove aos 45 anos, e também na infância e adolescência do sexo masculino, de nove a 13 anos.
Tratamento
O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. Entre os tratamentos, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.
A cirurgia só deve ser indicada quando o tumor está confinado no colo do útero. De acordo com a extensão e profundidade das lesões, ela pode ser mais conservadora ou promover a retirada total do útero, denominada histerectomia. Esse caso é irreversível, e a mulher não conseguirá mais engravidar.
A radioterapia externa ou interna tem se mostrado um recurso terapêutico eficaz para destruir as células cancerosas e reduzir o tamanho dos tumores. A quimioterapia pode ser indicada na ocorrência de tumores mais agressivos e nos estágios avançados do câncer de colo de útero.
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