Estrabismo: essa doença é caracterizada pelo desalinhamento dos olhos e pode ocorrer por fatores genéticos desde a infância, ou pode ser causada por doenças físicas e neurológicas, problemas de visão – como a hipermetropia – e mesmo por traumatismos na região da cabeça.
A seguir, falaremos um pouco sobre os tipos de estrabismo existentes e sobre o tratamento para esse distúrbio. Se esse assunto lhe interessa, prossiga com a leitura deste artigo.
Quais são os tipos existentes?
Quando um ou os dois olhos estão voltados para dentro, para a região do nariz, trata-se de um quadro de esotropia (estrabismo convergente).
Exotropia (estrabismo divergente), por sua vez, acontece quando o olho está voltado para a orelha.
Estrabismo vertical ou hipermetropia, por fim, ocorre quando o olho está voltado para a testa ou para o lado das bochechas.
Há casos de alternância, quando o distúrbio oscila entre os olhos, e também variações de alinhamento. Há pessoas que possuem as manifestações vertical e horizontal ao mesmo tempo.
Causas mais comuns
Fizemos uma breve exposição desse tema no início do artigo, mas falaremos mais sobre isso agora.
Os olhos se movimentam a partir do movimento de uma série de músculos, comandados pelo sistema nervoso central. Quando o funcionamento desses músculos sofre algum abalo, acontece o desalinhamento ocular.
Algumas das maiores causas para problemas nos músculos oculares são:
- Grau elevado de hipermetropia (problema de visão caracterizado pelo desfoque de objetos próximos);
- Catarata congênita;
- Meningite;
- Problemas da tireoide;
- Diabetes;
- Hereditariedade;
- Encefalite;
- Baixa visão em um dos olhos;
- AVC;
- Paralisia cerebral;
- Síndrome de Down.
Como é feito o diagnóstico?
Em consultório oftalmológico, é feito o teste do reflexo para avaliar se as duas pupilas estão centralizadas. Exames de acuidade visual, de fundo de olho, movimento ocular e oclusão também auxiliam na avaliação do desvio e para analisar seu tamanho.
Vale dizer que não é incomum que bebês até quatro meses de idade apresentem algum tipo de desalinhamento ocular. Se o problema avança, no entanto, é importante levar a criança para um médico especializado e avaliar o que está acontecendo.
Tratamentos possíveis
Antes de tudo, é preciso saber qual é a causa do problema. Ao identificá-la, é tratada a enfermidade inicial e seus efeitos.
As medidas a serem tomadas devem ser decididas pelo médico responsável pelo caso, uma vez que levam em consideração a especificidade do quadro do paciente.
É possível sugerir a aplicação de colírios, a atualização de óculos específicos, o tamponamento do olho saudável (como medida de estimulação ao olho que está desalinhado), entre outras coisas.
A cirurgia para correção pode ser feita, mas é utilizada apenas quando o distúrbio responsável pela desarmonização dos olhos foi curado, mas o problema decorrente não foi resolvido.
Nessa intervenção, é feito um corte na conjuntiva, membrana que envolve o olho, para chegar ao músculo responsável pela movimentação ocular. Após a correção do posicionamento, há melhora significativa na harmonia dos olhos.
Existe ainda a possibilidade de se utilizar a toxina botulínica – o famoso botox – para bloquear a chegada dos impulsos nervosos ao músculo extrínseco ocular, promovendo paralisia e reorganização do alinhamento do olho afetado.
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