O pterígio é popularmente conhecido como carninha no olho. Trata-se de uma lesão benigna causada pelo crescimento fibrovascular do tecido conjuntival, especificamente na área de exposição ocular que fica na direção da córnea. Geralmente, desenvolve-se de forma lenta e seu crescimento é interrompido em determinada fase da vida. Alguns casos mais avançados, contudo, evoluem de forma diferente e continuam aumentando até recobrir uma porção do eixo visual, gerando incômodos sintomas.
Quanto maior for o pterígio, maior será o comprometimento visual. A extensão da lesão é justamente o que determina o tratamento. Assim, em pterígios pequenos e assintomáticos, não é necessário qualquer tratamento específico. Pterígios levemente maiores, que provoquem inflamação e desconforto, demandam medidas como o uso de colírio prescrito pelo oftalmologista, além de compressas frias. Os pterígios maiores, podem demandar cirurgia, pois causam vermelhidão, ardência ocular, sensação de corpo estranho no olho e embaçamento visual.
A seguir, confira as principais informações acerca do procedimento cirúrgico para remoção do pterígio. Leia o artigo e descubra como a operação é realizada.
Por que fazer a cirurgia de pterígio?
Embora o pterígio seja uma lesão benigna, quando avança continuamente e não é tratado de forma efetiva, pode prejudicar seriamente a visão e qualidade de vida. A cirurgia impede que essa carne sobressalente chegue até a pupila e comprometa a acuidade visual.
A cirurgia de pterígio é arriscada?
Há riscos de complicações como em qualquer procedimento cirúrgico, entretanto, esses riscos são baixos. A cirurgia é rápida e considerada simples. Ela é realizada no centro cirúrgico, com anestesia local (subconjutival). A duração média é de 30 minutos e o indivíduo não precisa ficar internado. Dessa forma, se tudo correr bem, a alta ocorre pouco tempo após a conclusão do procedimento.
Como a operação é feita?
A cirurgia de pterígio é realizada por meio de técnica moderna, que visa a redução das chances de recidiva. É feito um enxerto de conjuntiva sadia, sendo o material retirado do próprio indivíduo. Tal procedimento pode ser feito com sutura ou com cola de fibrina. A cirurgia em si não corrige danos visuais. Ela elimina desconfortos e impede que o pterígio se agrave a ponto de prejudicar seriamente a visão.
Como é o pós-operatório?
O pós-operatório pode ser doloroso nos primeiros dois dias decorridos da cirurgia, mas a dor é suportável e realmente temporária. O indivíduo deve evitar a exposição à poeira e ao sol. Além disso, não deve manipular o local nem fazer esforço físico de 7 a 10 dias após a operação. Para completar, devem-se usar os medicamentos indicados pelo cirurgião, respeitando a prescrição.
Pode ocorrer recidiva?
Sim. A recorrência do pterígio após a cirurgia é possível. Pesquisas revelam que cerca de 60% das pessoas operadas voltam a ter pterígio algum tempo depois. A recidiva é mais comum no primeiro ano pós-cirurgia.
Quer saber mais sobre pterígio? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.