O câncer de mama é uma doença perigosa e letal, sendo o tipo de neoplasia que mais mata as mulheres. Essa estatística pode ser explicada pelo baixo percentual de pacientes que recebem o diagnóstico precoce desse câncer. Isso porque, na grande maioria dos casos, ele é feito tardiamente.
A descoberta tardia de um tumor maligno na mama, geralmente, resulta em um quadro de difícil reversão ou controle, levando a paciente a óbito. Nesse artigo, você vai conhecer os riscos aos quais a mulher está exposta quando tem um diagnóstico tardio de câncer.
O que é o câncer de mama?
O câncer é um tumor maligno que ocorre em razão de uma mutação genética nas células, fazendo com que elas se dividam e continuem vivas, formando tumores. O desenvolvimento das mamas se dá em função da ocorrência de alterações genéticas nas células mamárias.
Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama que variam de acordo com a presença ou ausência de receptores hormonais e a extensão do tumor. Essa doença não possui uma causa específica.
Na maioria dos casos, suas chances são aumentadas quando a pessoa se enquadra em algum dos fatores de risco, que são classificados em não mutáveis e imutáveis. Os não mutáveis são aqueles nos quais o indivíduo não tem controle e nem pode alterá-los.
São eles o gênero, a idade, raça, fatores genéticos, fatores associados à história reprodutiva, histórico pessoal e familiar. Já os mutáveis podem ser modificados e estão relacionados com o estilo de vida, tais como, obesidade, exposição à radiação e uso de contraceptivos orais.
Como é realizado o diagnóstico?
Na maioria dos casos, os nódulos nos seios indicam tumores benignos. Contudo, toda suspeita deve ser investigada. A investigação pode ser feita através dos exames de imagem, como por exemplo, a mamografia, ultrassonografia e a ressonância magnética.
A mamografia é o principal exame para o rastreio deste tipo de câncer. No Brasil, a recomendação médica é de que ele seja realizado periodicamente com intervalo de até dois anos para mulheres acima dos 40 anos de idade.
Quando um paciente se enquadra em algum fator de risco, o rastreamento começa a ser realizado a partir dos 35 anos de idade e precisa ser repetido anualmente. Porém, nem sempre essa orientação é seguida, o que explica o elevado número de diagnósticos tardios no país.
Quais os riscos do diagnóstico tardio?
Quando se fala de diagnóstico de câncer de mama, o tempo é o maior aliado da paciente. Isso porque a doença é uma fábrica de células malignas e que estão sempre buscando sair do órgão para se espalhar pelo corpo.
Por isso, quando mais tarde a descoberta do tumor maligno, mais demorado será o início do tratamento e, consequentemente, menores as chances de cura.
De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), em 60% dos casos que chegam aos consultórios a doença já está em quadro avançado, principalmente, quando a paciente depende exclusivamente de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre todos esses casos, a taxa de sobrevida é baixa, sendo de cinco anos para apenas 19,2% das mulheres. Por essa razão, a SBM recomenda que todas as mulheres adotem a prática do autoexame.
Quando a doença é descoberta precocemente, as possibilidades de cura chegam a 95%. Então, procure sempre seguir as orientações médicas e não deixe de se consultar com um mastologista. Quer saber mais? Clique no banner!