De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, aproximadamente 10 milhões de pessoas desenvolvem quadros de demência a cada ano – como a doença de Alzheimer, abordada neste artigo. O problema é mais comum em países de média e baixa renda, embora afete indivíduos, especialmente idosos, em todo o globo.
Sabe-se que o desenvolvimento da doença de Alzheimer está atrelada a uma série de circunstâncias. Fatores genéticos influenciam bastante, ou seja, se alguém na família teve a enfermidade, é mais provável que os seus descendentes também tenham que lidar com ela. Em 2018, pesquisas voltaram a relacionar – como havia sido feito no início da década de 1090 – a doença à presença do vírus do herpes no organismo.
Confira, a seguir, mais detalhes sobre esse assunto.
Herpes e Alzheimer: qual é a relação?
Em entrevista traduzida, disponível na Revista Galileu, uma famosa neurobiologista comentou que o vírus do herpes simples tipo 1 (HSV1), que causa o herpes labial, pode ter relação com a demência.
No Brasil, acredita-se que a maior parte das pessoas é infectada por ele durante a infância. Isso, não significa que os sintomas estarão sempre presentes, no entanto. Depois de um tempo, o HSV1 fica inativo e aparece em ocasiões específicas, como quando há queda brusca de imunidade, infecção por HIV, estresse, trauma, depressão.
Em idosos, foram encontrados sinais da presença do vírus na região do cérebro. Isso nos leva a crer que o HSV1, ao ser ativado, pode provocar danos nas células cerebrais, propiciando uma série de quadros clínicos. Se isso ocorre repetidamente, a chance é que os danos sejam cumulativos.
Por que isso acontece com idosos?
Com o passar dos anos, é natural que o corpo perca suas defesas. É exatamente a fragilização do sistema imunológico que faz com que o vírus tenha mais espaço para agir. É preciso deixar claro, porém, que os estudos feitos até o momento não conseguem provar que o vírus é a causa real do desenvolvimento de demência. O que se sabe é que há associação entre o HSV1 e a doença de Alzheimer.
Estudos mais aprofundados podem nos revelar mais informações relevantes futuramente.
Possíveis tratamentos
Como sabemos, infelizmente Alzheimer não tem cura. Progressiva, a condição tende a piorar com o passar do tempo.
Esquecimento, confusão mental, dificuldade de compreensão de linguagem e fala, perda de equilíbrio e problemas para realizar atividades cotidianas são alguns dos sintomas iniciais.
É normal que, após o diagnóstico, o indivíduo afetado viva entre cinco e dez anos e que, no estágio terminal, não consiga mais desempenhar atividades fundamentais, como comer e ir ao banheiro, ou mesmo se comunicar.
O desconhecimento de amigos, familiares, palavras e similares é bastante comum, assim como quadros de agressividade (normalmente causados pela confusão mental e não reconhecimento da situação vigente).
Caso seja comprovada e identificada a relação entre o HSV1 e a demência, será possível, talvez, criar medicações para lutar contra a infecção, permitindo criar medidas de prevenção, em vez de medidas de controle.
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