Os rins possuem cinco funções principais: eliminar as impurezas do sangue, regular a pressão arterial, produzir hormônios, participar na formação e na manutenção dos ossos e estimular a produção de glóbulos. São considerados órgãos vitais. Ou seja, sem eles, o organismo é incapaz de funcionar.
Quando o rim fica doente e não consegue desenvolver suas funções, existem algumas alternativas. Nos casos menos graves, é possível adotar medidas medicamentosas e dietéticas. Porém, em casos avançados, é necessário substituir a função renal por meio da hemodiálise. Outra alternativa é receber um rim novo por meio de um transplante.
O Brasil é o segundo país do mundo em transplante renal, perdendo apenas para os Estados Unidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, são realizados, em média, cerca de 5.500 mil transplantes por ano. Apesar dos números crescentes, a espera é grande. Quando se trata do rim, o paciente com insuficiência renal crônica encontra a maior fila de espera: cerca de 25 mil pessoas aguardam por um rim compatível.
Como é o transplante de rim
O rim pode ser doado por uma pessoa viva ou falecida. Com a cirurgia, espera-se que o rim saudável implantado exerça as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas que o órgão doente não é mais capaz de fazer.
Podendo durar de três a quatro horas, o transplante consiste na transferência do órgão de uma pessoa para a outra. O cirurgião une os vasos sanguíneos do paciente ao novo rim, além de ligar o ureter do órgão recebido na bexiga do paciente. No caso de transplante de rins, o órgão doente não é retirado, e o receptor passa a ter três rins. Porém, apenas o rim recebido passa a executar as funções renais.
Quem pode passar por um transplante renal?
O transplante de rim é indicado para pacientes que possuem doença renal crônica avançada, ou seja, quando o prejuízo renal é irreversível e as funções renais chegam ao limite mínimo. Porém, é o médico nefrologista quem irá avaliar se o paciente possui condições de receber um novo órgão ou deverá optar por outra forma de tratamento, como a hemodiálise. Nessa avaliação, são considerados fatores como idade do paciente, o motivo que causou a insuficiência renal crônica, outras doenças que o paciente possui. Além disso, o médico poderá solicitar exames de imagem, de sangue, de urina, entre outros.
O transplante renal, assim como outra cirurgia, possui contra indicações. Pacientes que já possuem patologias hepáticas, problemas cardiovasculares ou doenças infecciosas que não estejam controladas, pessoas em estado grave de desnutrição, dependentes químicos ou pessoas com distúrbios psiquiátricos não estão aptos a passar pelo procedimento.
Muitos acreditam que, para se submeter ao transplante, é preciso passar pelo tratamento da hemodiálise, mas isso não é verdade. O que acontece é que, por ser uma doença silenciosa, muitos pacientes descobrem a insuficiência em estágios avançados. Por isso, a manutenção das funções renais de modo artificial, pelo aparelho de hemodiálise, se faz necessário até que surja a oportunidade do transplante. Porém, dentre as formas de tratamento para a doença renal crônica, o transplante renal é a melhor maneira de aumentar a sobrevida do paciente.
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