As varizes podem aparecer em diversas partes do corpo, mas são comuns nos membros inferiores, visto que o esforço para fazer o sangue subir nesta região é maior. Este problema, mais típico em mulheres, pode ocorrer por predisposição genética, mas também de hábitos como o uso de anticoncepcionais.
As varizes são caracterizadas por uma alteração funcional da circulação venosa do organismo. Esta anormalidade das veias pode ser relacionada à ação prolongada do estrogênio e a progesterona, hormônios que fazem parte da composição dos anticoncepcionais e utilizados para evitar a gravidez.
Estudos apontam que o estrogênio altera as paredes das veias e afeta as válvulas responsáveis pelo controle da passagem do sangue dentro delas. Enquanto isso, a progesterona eleva a dilatação das veias e o fluxo de sangue que passa por ali. Com isso, os vasos sanguíneos passam a trabalhar sob um regime de pressão acima do normal, o que pode resultar no aparecimento das varizes.
Para os especialistas no assunto, a pílula anticoncepcional agrava o quadro das veias quando há mais fatores de risco envolvidos, como a predisposição genética, excesso de peso, sedentarismo, entre outros. As mulheres que já apresentam um quadro de varizes, ao usar contraceptivos hormonais, tendem a aumentar o surgimento de veias aparente e pequenos vasinhos.
Contudo, é importante destacar que esta opção está cada vez mais moderna, trazendo efeitos colaterais menores.
Alternativas para prevenir as varizes
Como estes hormônios provocam efeitos nas estruturas das veias envolvidas na circulação e no fluxo do sangue corporal é preciso que uma consulta junto ao médico seja feita para avaliar qual o melhor método contraceptivo e seus impactos no organismo da mulher.
A pílula anticoncepcional é um medicamento usado como contraceptivo tradicionalmente entre o público feminino, no entanto, deve ser usado com prescrição médica. O ginecologista ou o cirurgião vascular pode solicitar exames buscando avaliar a predisposição genética para doenças vasculares, antes de receitar a pílula e sua respectiva dosagem.
Outros métodos devem ser propostos na consulta médica dado que têm o mesmo efeito, atuando diferentemente no organismo. Entre as opções estão: o DIU, implante subcutâneo ou subdérmico, diafragma, camisinha e método da tabelinha.
Optar por anticoncepcionais compostos apenas por progesterona é uma dica recomendada para as mulheres que já apresentam varizes ou vasinhos, ou estão mais propensas a tê-los. Este hormônio sozinho interfere menos no sistema vascular do que quando combinado ao estrogênio.
Cuidados constantes
Diante dos seguintes sintomas: dor nas pernas, ardência ou incômodo com o aspecto das varizes nos membros inferiores, o mais indicado é procurar pelo médico de referência ou, especificamente, um cirurgião vascular que é perito no assunto.
Existem tratamentos específicos para cada categoria de varizes. Aqueles cordões varicosos, salientes e visíveis, que elevam a pele, e aquelas pequenas veias de trajeto tortuoso ou retilíneo são de tratamento cirúrgico. Enquanto as telangiectasias ou aranhas vasculares (pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele) devem ser tratadas pela escleroterapia (injeção de uma solução esclerosante dentro destes vasos).
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