Segundo dados do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil existem 4 milhões de doadores de medula óssea cadastrados. Um número significativo se comparado com a média internacional, mas que não é suficiente para zerar a fila de espera por doadores.
A população brasileira é formada por uma miscigenação de culturas, crenças e raças que nos tornam únicos em vários aspectos. Esse é um dos fatores que faz com que seja mais difícil encontrar pessoas compatíveis para doação.
Aliado a isso, o medo e o desconhecimento atrapalham o surgimento de novas pessoas interessadas em doar. É justamente para tentar mudar esse quadro que vamos listar os principais mitos e verdades sobre o procedimento de doação de medula óssea.
Mitos sobre a doação de medula óssea
Doar medula dói
Esse é o maior mito quando o assunto é doação de medula óssea. A verdade é que o procedimento é relativamente simples e indolor. O máximo que o doador pode sentir é um pequeno desconforto na região, uma vez que o procedimento de punção para a retirada da medula é feito após a aplicação de uma anestesia.
É perigoso para o doador
Esse é outro mito que acaba assustando as pessoas. Segundo os especialistas, todo processo de retirada da medula óssea dura cerca de 40 minutos, e os riscos relacionados à aplicação de anestesia são mínimos.
Por ser um procedimento simples, a recomendação para a recuperação é de três dias de repouso. Além disso, algumas semanas após a retirada, a medula estará totalmente recuperada. Desse modo, a verdade sobre a doação é que ela pode ser realizada quantas vezes forem necessárias, sem que isso gere prejuízos ou complicações para o doador.
Paciente e doador precisam ter o mesmo tipo sanguíneo
Mais um mito que atrapalha o surgimento de novos doadores. A verdade é que viabilidade de doação não é definida pelo tipo sanguíneo, mas sim por fatores genéticos. Com isso, uma pessoa pode doar sua medula mesmo que o receptor tenha um tipo de sangue diferente.
O processo de doação de medula é burocrático
Mito. O cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) é feito de maneira simples. A verdade é que qualquer pessoa saudável entre 18 e 55 anos pode procurar os hemocentros existentes em todos os estados do Brasil e se cadastrar para se tornar um possível doador.
Por fim, vale destacar que, no país, existem 70 centros de transplante de medula óssea. Segundo o Inca, entre esses, 30 centros espalhados por oito estados estão capacitados para realizar o procedimento com doadores não aparentados.
Desse modo, não existem desculpas para não se tornar um doador, pois, entre todos os mitos que envolvem esse tema, a única verdade é que deixar de doar pode custar uma vida.
Quer saber mais? Clique no banner!