Conforme envelhecemos, é comum que estejamos cada vez mais dependentes do uso de medicamentos para a manutenção da nossa saúde ou para controlar alguma doença. A polifarmácia em idosos pode ser perigosa e, por isso, precisa do suporte de um geriatra.
Você sabe o que é polifarmácia? Entende o papel do geriatra? Então, leia esse artigo até o final para saber tudo sobre o assunto.
O que é a polifarmácia em idosos?
A necessidade de tomar remédios vai aumentando conforme a idade, principalmente, após os 60 anos de idade. Essa utilização de vários medicamentos é chamada de polifarmácia.
A avaliação clínica de um idoso difere da análise padrão de um paciente mais jovem. Os pacientes mais velhos também costumam apresentar mais problemas de saúde do que os mais novos, necessitando de cuidados mais complexos.
Esses cuidados especiais são os promotores do uso de polifarmácia em idosos. Contudo, existe um grande risco para o paciente quando a utilização dos medicamentos é feita de forma individual, sem o acompanhamento de um geriatra.
Por isso, a polifarmácia deve ser evitada quando possível. O número de medicamentos é o principal fator de risco para iatrogenia e as reações adversas. Porém, ao mesmo tempo, a polifarmácia em idosos se tornou significante na assistência geriátrica.
Pontos de atenção na polifarmácia
A polifarmácia pode ser um risco porque, em alguns casos, o idoso precisa tomar mais de 4 medicamentos por dia, o que exige um grau elevado de atenção. Por isso, existem alguns focos de atenção nessa administração, sendo eles:
- Interação indevida entre dois ou mais medicamentos, causando efeitos adversos ou diminuindo a ação de algum deles;
- Ocorrência das chamadas ações iatrogênicas, que são as consequências maléficas oriundas do tratamento terapêutico;
- Uso de medicamentos sem a prescrição ou orientação médica;
- Falta de organização de todos os fármacos;
- Dificuldade de adesão do paciente ao tratamento em função da quantidade de remédios e das diversas formas de administração, como por exemplo, gotas, cápsulas e comprimidos.
Qual a importância do geriatra nesse processo?
O geriatra é o médico especialista no cuidado com idosos. Para que a terceira idade seja, de fato, a “melhor idade”, a participação desse profissional é essencial.
O geriatra utiliza uma ampla abordagem para a avaliação do idoso, além de lidar com diferentes tipos de doenças, tais como, demências, depressão, hipertensão, diabetes e osteoporose. Ele também trata de tonturas, incontinências e tendências a quedas.
Apenas por essas atividades, já é possível entender o papel importante que o geriatra tem na promoção da saúde do idoso. Porém, além disso, ele também é o profissional mais indicado para evitar problemas associados à polifarmácia em idosos.
Com o acompanhamento do geriatra, é possível evitar o risco do idoso ingerir diferentes tipos de medicamentos que não poderiam interagir. Em função do seu vasto conhecimento, ele sabe quais são as implicações que podem ocorrer pelo uso de determinado fármaco.
Antes do geriatra iniciar uma nova medicação, ele avalia os remédios que já estão em uso para evitar possíveis interações medicamentosas.
Além disso, ele também irá orientar o idoso ou o seu cuidador sobre as doses, os melhores horários para administração e a necessidade do jejum antes ou depois do consumo.
Entendeu como o geriatra é um importante aliado no controle da polifarmácia em idosos? Tem mais dúvidas ou quer saber mais? Clique no banner e saiba mais sobre geriatria.