Ao procurar um oftalmologista e receber indicações para o tratamento do glaucoma, o paciente irá se deparar com a necessidade de usar colírio, principalmente em casos em que a doença ainda pode ser controlada sem precisar de intervenção cirúrgica. O problema é que muita gente acha que é besteira e não dá a devida importância a esse processo. Existem várias razões para esse “deixa pra lá”.
Muitos se esquecem (literalmente) de aplicar o colírio nos horários recomendados pelo médico, principalmente por não darem muito valor à atuação do remédio em relação ao problema. Falta, portanto, entendimento de que, no caso de lesão do nervo óptico, cada gotinha faz toda a diferença.
Por ser assintomática, a doença, em estágios iniciais, pode parecer inofensiva. Mas não se engane! Se não tratada, pode levar à perda da visão. Há quem utilize colírio inicialmente, mas, quando percebe leve melhora, acredita que não precisa mais do tratamento.
Outras pessoas, devido à falta de comunicação com o médico, vão para casa sem entender exatamente o que é o colírio, como atua, de que forma deve ser usado. Na outra ponta, estão aqueles que entenderam tim-tim por tim-tim, mas depois travam e não conseguem nem abrir os olhos para receber o medicamento.
Os principais colírios para tratamento do glaucoma são:
- Alfa-agonistas: recomendados especialmente para pacientes que têm alergia aos conservantes utilizados em outros colírios;
- Betabloqueadores: atuam diminuindo a produção de líquido dentro do olho;
- Derivados de prostaglandinas: atuam aumentando a retirada do líquido que é produzido no olho, o que ajuda a diminuir a pressão;
- Inibidores de anidrase carbônica: podem ser usados tanto na forma de colírio quanto na forma de comprimidos;
- Colinérgicos ou mióticos: atuam aumentando a retirada do líquido que é produzido no olho, podendo também ser usados juntamente com outros remédios para glaucoma;
- Fórmulas combinadas: são medicamentos que, como o termo sugere, utilizam mais de um tipo de princípio ativo.
Todos são aplicados, basicamente, da mesma forma. Antes de pingar, deve-se lavar bem as mãos com água e sabão. Puxe a pálpebra inferior com o dedo indicador e, com a outra mão, segure o frasco. Para facilitar, incline a cabeça. Pingue sem encostar no bico dosador, para evitar infecções. Feche os olhos por alguns segundos, pressionando o canto inferior levemente. Se você usa lentes de contato, retire-as antes e recoloque-as dez minutos após.
O colírio prescrito para tratamento do glaucoma, geralmente, é indolor e possui leves efeitos colaterais. No entanto, algumas pessoas não conseguem se adaptar a esse tipo de medicação.
O que você pode fazer para ficar mais confortável
Se você não está aderindo às prescrições do oftalmologista por algum dos motivos elencados acima, converse com um profissional de saúde a respeito e veja o que pode ser feito para solucionar seu caso. Dar sequência ao tratamento do glaucoma é muito importante para que sua visão não seja prejudicada no futuro e para que você consiga ter mais qualidade de vida.
Quer saber mais? Clique no banner!