Um aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso sanguíneo causado pelo enfraquecimento das paredes do vaso, por trauma ou por doença vascular. Surpreendentemente, essa desordem vascular pode ocorrer em qualquer vaso sanguíneo. Os sintomas não são aparentes, mas o risco está relacionado ao seu rompimento, resultando em hemorragia ou isquemia dos tecidos irrigados pela artéria atingida e a gravidade do dano depende da área irrigada pelo vaso afetado.
Esta condição estrutural pode estar presente desde o nascimento (assim, chamada de congênita) ou pode se desenvolver mais tarde, como depois que um vaso sanguíneo é lesionado. A pressão normal do sangue na artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que, dessa maneira, pode ir crescendo lenta e progressivamente.
O aneurisma cerebral e o aneurisma da aorta merecem atenção, pois estão relacionados as urgências médicas que, na falta de atendimento imediato, podem levar a óbito.
Aneurisma cerebral
O aneurisma cerebral é, portanto, aquele que ocorre em um vaso sanguíneo do cérebro. É uma doença grave em que penas 2/3 dos pacientes sobrevivem. Por conseguinte, cerca de metade dos que sobrevivem permanece com sequelas importantes que comprometem a qualidade de vida.
A manifestação mais evidente dos aneurismas ocorre quando há ruptura seguida de hemorragia. Essa condição recebe um nome especial, a saber, derrame. O principal motivo que leva ao rompimento de um vaso sanguíneo é a hipertensão descontrolada. Mas também há alguns fatores que parecem aumentar o risco, são eles: ser fumante, ter pressão alta descontrolada, utilizar drogas, especialmente cocaína, consumir bebidas alcoólicas em excesso e ter histórico de aneurisma na família. Quando o sangramento é abundante, ele pode ser fatal e trata-se de uma emergência médica.
A intensidade e a variedade dos sintomas estão diretamente relacionadas ao tamanho e a extensão do sangramento. Os mais comuns são: dor de cabeça súbita (aparecer de repente é mais característico que uma intensidade forte), náuseas, vômitos e perda de consciência.
O tratamento mais comum é a cirurgia convencional, em que o neurocirurgião abre o crânio (craniotomia) e faz a clipagem do colo do aneurisma com técnicas microcirúrgicas. Atualmente, com o avanço dos equipamentos, técnicas e materiais médicos, o tratamento pode ser feito de maneira minimamente invasiva (via endovascular), sem a abertura cirúrgica do crânio.
Aneurisma da aorta
O aneurisma da aorta pode ocorrer em qualquer ponto desta principal artéria do corpo. Ela origina-se no ventrículo esquerdo do coração, atravessa o tórax e o abdômen, dando origem às demais artérias (ramos) que levam o sangue aos diversos os segmentos do corpo. Com isso, pode ocorrer aneurisma neste percurso que podem ser identificados como aneurisma na aorta abdominal e, ou torácica.
Este aneurisma geralmente não causa nenhum sintoma. Ele pode, portanto, ser classificado como espontâneo ou traumático. No entanto, como a aorta é uma artéria de grande calibre, com volumoso fluxo sanguíneo, se não for tomada medidas cirúrgicas a tempo, o paciente morre por hipotensão arterial e choque hipovolêmico.
O tratamento é realizado pelo cirurgião cardíaco ou pelo cirurgião vascular, conforme a localização do aneurisma. O procedimento pode ser realizado por diferentes vias, a saber: incisão no tórax ou por cateteres (técnica endovascular).
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