Você provavelmente sabe que as mulheres possuem dois ovários, os quais estão localizados um de cada lado do útero. Eles têm funções reprodutivas, uma vez que são responsáveis pela produção de óvulos e hormônios sexuais, como progesterona e estrógeno.
O câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum no mundo, ficando atrás apenas do câncer no colo do útero. Além disso, é a neoplasia ginecológica mais letal não apenas por causa de sua agressividade, mas também em decorrência da dificuldade do diagnóstico.
Essa enfermidade pode atingir mulheres em diferentes faixas etárias, porém, seu início é mais comum a partir dos 50 anos de idade. Os tumores ovarianos podem ser de três tipos: epiteliais (que começam na fina camada externa que cobre os ovários), estromais (que começam no tecido ovariano que comporta as células fabricantes de hormônios) e tumores de células germinativas (que começam nas células que produzem os óvulos).
Quer conhecer os principais sintomas, causas e tratamentos possíveis para o câncer de ovário? Confira a seguir!
Sintomas de câncer de ovário
Tumores ovarianos são caracterizados pelo desenvolvimento de tecidos anormais dos ovários. Esses tumores podem gerar sintomas como aumento do volume abdominal, dor pélvica ou no abdome, dificuldade para se alimentar, rápida sensação de plenitude ao comer, distúrbios urinários, fadiga, indigestão, dor nas costas e desconforto durante as relações sexuais.
Portanto, essas manifestações são inespecíficas e podem ser confundidas com indícios de muitos outros problemas de saúde. Além disso, na maioria dos casos, quando as manifestações do câncer aparecem, a doença já está em estágio mais avançado, o que atrapalha o diagnóstico e o tratamento precoce da enfermidade.
Causas de neoplasia ovariana
O câncer de ovário é multifatorial. Ao contrário do que muitos acreditam, nem todos os casos têm ligação com a hereditariedade, mas todos os tumores ovarianos são originados a partir de mutações genéticas que transformam as características celulares, fazendo com que as células doentes se multipliquem rapidamente, invadindo tecidos vizinhos, e alterando a irrigação dos vasos sanguíneos e resultem no quadro de câncer.
Os fatores de risco envolvem histórico familiar da doença, início dos ciclos menstruais muito cedo, ausência de gestações durante a vida, menopausa depois dos 50 anos, uso de terapia hormonal, realização de tratamentos de fertilidade, tabagismo, utilização de dispositivo intrauterino, além de síndrome de ovários policísticos.
Tratamentos para o câncer no ovário
O primeiro passo para tratar essa condição consiste em obter o diagnóstico concreto. Ao perceber qualquer sinal suspeito, procure o ginecologista ou o oncologista. A confirmação ou exclusão de neoplasia ovariana acontece depois da realização de exame pélvico. Com o auxílio de espéculo, é possível inspecionar a região e visualizar anomalias.
Também serão solicitados exames de imagem, como tomografia computadorizada e ultrassonografia abdominal e pélvica. A biópsia é necessária para analisar o tecido ovariano e identificar células que apresentam malignidade, grau e estadiamento da doença. Havendo a confirmação de câncer, o tratamento deve ser imediatamente iniciado.
O tratamento depende diretamente do tipo e estágio da neoplasia. Aspectos como idade, estilo de vida e saúde geral do paciente também devem ser considerados na definição do protocolo terapêutico.
A principal forma de tratar esse câncer é a cirurgia. Pode ser feita a remoção total do útero e do colo do útero (histerectomia total), retirada de um ovário e uma trompa (salpingo-ooforectomia unilateral) ou retirada das duas trompas e dos dois ovários (salpingo-ooforectomia bilateral).
Tratamentos associados, como quimioterapia e radioterapia, podem ser úteis no combate aos tumores ovarianos. O acompanhamento psicológico também é uma ferramenta essencial para enfrentar esse problema tão sério.
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