Os maus hábitos alimentares da população vem aumentando cada dia mais o número de obesos no Brasil. Consequentemente, a indicação da cirurgia bariátrica para o tratamento do excesso de gordura corporal teve um crescimento de mais de 40% nos últimos 7 anos, sendo realizadas cerca de 100 mil cirurgias em 2018.
Em um país onde 20% da população se encontra obesa e mais da metade tem sobrepeso, a cirurgia bariátrica ou cirurgia de estômago, como é popularmente conhecida, se torna a principal forma de tratamento de uma das doenças que mais preocupam as autoridades. Em vista da alta porcentagem de obesos, fica fácil explicar o aumento dos números citados no parágrafo anterior.
A cirurgia bariátrica é um procedimento dedicado ao controle da obesidade e das doenças associadas, quando nenhum outro método é capaz de fazê-lo.
Existem três abordagens básicas classificadas como restritivas, disabsortivas e mistas. No primeiro caso, há apenas a redução do tamanho do estômago. Assim o paciente perde peso por ingerir uma quantidade consideravelmente menor de alimentos. O tipo misto associa a redução do estômago com transpasse intestinal, em que a perda de peso se dá tanto pela pouca ingestão quanto pela menor absorção dos alimentos. E por último, as cirurgias disabsortivas visam diminuir a função de absorção do intestino.
A gastroplastia, outro termo para cirurgia bariátrica, apesar de trazer benefícios significativos para os pacientes elegíveis, assim como qualquer cirurgia, tem os seus riscos e suas desvantagens.
Vamos abordar neste artigo um pouco mais sobre o assunto. Acompanhe.
Vantagens da cirurgia bariátrica
As técnicas cirúrgicas disponíveis, por serem muito eficazes, proporcionam um resultado rápido e efetivo em relação a perda de peso.
A principal vantagem, sem dúvida, é elevada eliminação de gordura corporal após o procedimento e, com isso, o controle das comorbidades associadas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, existem mais de 20 doenças derivadas do sobrepeso, como o Diabetes, Hipertensão, dores articulares e etc. Com a redução do peso, fica mais fácil equilibrá-las, ou até mesmo, redimí-las.
A qualidade de vida e autoestima do paciente, além dos problemas relacionados à imagem corporal também obtém expressiva melhora.
Desvantagens
Embora a gastrectomia seja um tratamento bastante vantajoso no combate à obesidade, a cirurgia não é eletiva a qualquer caso, devido à sua agressividade.
O paciente precisa atender diversos fatores como ter entre 16 e 65 anos, IMC maior que 40 Kg/m2 ou IMC menor que 40 kg/m2 associado a comorbidades, e já ter tentado outros métodos para emagrecer sem obter sucesso.
Outra desvantagem é que o paciente submetido à cirurgia deverá ter acompanhamento nutricional por longo período ou toda a vida, a fim de evitar deficiências de substâncias importantes devido às mudanças na alimentação e na absorção de nutrientes.
E, por fim, o pós-operatório desconfortável deve ser citado. A adaptação alimentar do paciente pode causar algum incômodo.
Também há risco de complicações como sangramento excessivo, trombose venosa nos primeiros dias que sucedem a cirurgia, formação de fístulas e infecções.
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