Obesidade infantil é mais recorrente do que se imagina. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, cerca de 15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem com a obesidade, e 8 em cada 10 adolescentes continuam obesos na fase adulta.

Mas, afinal, o que é obesidade infantil? Ela se caracteriza quando a criança está 15% acima do peso médio correspondente para a idade.

Na maioria das vezes, está relacionada com hábitos alimentares, sedentarismo, fatores biológicos e emocionais, causando danos psicológicos e sociais, além de graves problemas de saúde, como diabetes e questões cardíacas. Em crianças, essa condição se desenvolve mais facilmente, uma vez que o organismo está em formação.

Como é feito o diagnóstico da obesidade infantil?

Para descobrir se o peso está 15% acima da média e se a criança está obesa, é utilizado cálculo do IMC, índice de massa corporal. É válido destacar que os valores de IMC considerados normais variam de acordo com a idade e o sexo de cada criança e são disponibilizados em tabelas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para calcular esse índice, basta dividir o peso corporal, em quilogramas, pela altura, em metros quadrados. O IMC normal está entre 19 e 24 kg/m², o sobrepeso é 25 e 26 kg/m² e obesidade, entre 27 e 39 kg/m².

Outros métodos como o histórico familiar de obesidade e problemas de saúde, hábitos alimentares da criança, quantidade de atividade física que ela pratica, exames de sangue para checar colesterol, glicemia e desequilíbrios hormonais.

Como tratar?

O melhor tratamento para a obesidade é a prevenção, mas vamos falar sobre isso mais tarde. Primeiro, é preciso fazer tratamento de reeducação alimentar com pediatra e nutricionista. O emagrecimento será um processo lento e constante, aprendendo a comer alimentos saudáveis e praticando exercícios para sair do sedentarismo no dia a dia. Em alguns casos, o médico pode recomendar um medicamento para ajudar a diminuir o apetite.

Como prevenir?

A prevenção da obesidade infantil começa durante a gravidez, quando a mãe deve manter uma alimentação equilibrada e saudável e fazer o controle do peso.

Após o nascimento, é preciso que os pais já insiram naturalmente um estilo de vida saudável e que incentivem um estilo de vida saudável para criança e não ofereça a ela alimentos industrializados ou com muito açúcar e gorduras, optando por aqueles feitos em casa, pouco processados. Também é fundamental evitar refrigerantes.

Os pais precisam dar o exemplo, comer as mesmas comidas e fazer atividades físicas com as crianças, uma vez que são a maior referência das crianças, que irão repetir suas ações e hábitos.

É importante que a família tenha paciência no processo, agende visitas de acompanhamento pediátrico, evite alimentos como recompensa a atitudes da criança, e tenha responsabilidade com seu próprio peso.

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