A hidrocefalia é uma doença em que há aumento significativo da quantidade de líquido cefalorraquidiano, também chamado de líquor, no cérebro.
Quando isso acontece, há aumento da pressão na região do crânio, o que tem grande potencial de causar danos ao cérebro e ao seu funcionamento.
A hidrocefalia pode acontecer por diversas razões e tem manifestações múltiplas.
Em crianças e bebês, a doença pode ser mais fácil de identificar: há aumento no tamanho da cabeça, e a moleira pode ficar retesada. Em indivíduos mais velhos, as alterações físicas não são tão evidentes.
Os sintomas, no entanto,
são bastante reconhecíveis: há dores de cabeça, náuseas, problemas de visão, alteração na coordenação motora, fadiga, lentidão de pensamento, ausência de concentração e modificação de humor.
Existem três tipos principais de hidrocefalia. Falaremos mais sobre eles a seguir.
Congênita
Como o nome sugere, ocorre no nascimento da criança. Pode estar associada à infecção materna por sífilis, rubéola e toxoplasmose, mas é normalmente causada por bloqueio na circulação do líquor.
Bebês com a enfermidade tendem a ter desenvolvimento físico e cerebral um pouco mais lento, além de quadros de sonolência, comportamentos um pouco mais agressivos, dificuldade de alimentação e náuseas. Vômitos também não são incomuns.
Adquirida
Está atrelada a problemas externos, como traumas na região da cabeça e doenças. O acidente vascular cerebral, vulgo AVC, e tumores presentes na região da cabeça podem propiciar o desenvolvimento do quadro.
Os sintomas são os mesmos citados para indivíduos adultos, no início deste artigo.
De pressão normal
Não é comum que ocorra em jovens; tende a ser mais presente em pessoas acima dos 50 anos de idade.
Sua causa ainda é desconhecida, embora a doença possa se manifestar após um acidente vascular cerebral ou traumas cerebrais.
Causa dificuldade de locomoção, perda de equilíbrio e instabilidade de movimento. A incontinência urinária também se manifesta.
Pode ou não propiciar o surgimento de demência.
Como é feito o diagnóstico?
O tipo congênito pode ser diagnosticado durante os exames de rotina da gestante. Quando não identificado durante um ultrassom de rotina, por exemplo, o problema pode ser diagnosticado após o nascimento ou durante os primeiros anos de vida.
Em indivíduos adultos, são feitos avaliação neurológica, análise do histórico médico do paciente e exames de imagem diversos.
Existe tratamento?
Casos leves costumam ser tratados com medicamentos que diminuem a produção de líquor, como forma de aliviar a pressão dentro da caixa craniana e diminuir o incômodo da doença.
Em geral, no entanto, o tratamento para a hidrocefalia consiste na implantação de uma válvula na região do cérebro.
O implante em questão tem como objetivo drenar o excesso de líquor e fazer com que ele seja redirecionado para outras cavidades corporais.
Porém, nem todas as pessoas podem ser submetidas ao procedimento. Apenas um médico responsável, após avaliação do quadro, pode dizer qual é o melhor caminho a ser tomado.
Infelizmente, ainda não há cura definitiva para a enfermidade. O que se pode fazer é abrandar seus sintomas, permitindo que os pacientes tenham mais qualidade de vida.
Quer saber mais? Clique no banner!