Os rins são órgãos fundamentais para o funcionamento do corpo humano. Cabe a eles eliminar substâncias que são fatais para o organismo, como amônia, ureia e ácido úrico. Dentre outras funções, os rins também são responsáveis pelo equilíbrio de água e pela produção de hormônios. Quando ele não funciona corretamente, todo o organismo fica comprometido. Por isso, quando um paciente apresenta grau avançado de doença renal, poucos tratamentos são considerados e, entre eles, está a hemodiálise.
O tratamento hemodialítico consiste na filtragem do sangue do paciente feito por uma máquina, que puxa o sangue por meio de uma bomba circulatória. O aparelho funciona como um rim artificial: o sangue é colocado em contato com a solução de diálise. Uma membrana retira o líquido e as toxinas, devolvendo o sangue limpo para o organismo do paciente.
O paciente que inicia a terapia de substituição renal deve seguir o tratamento pelo resto de sua vida. Porém, em alguns casos, pode ocorrer a substituição para a diálise peritoneal ou, dependendo das condições clínicas, o transplante de rins.
O tratamento hemodialítico possui efeitos colaterais como dores de cabeça, cãibras, vômitos, calafrios e até convulsões. Além disso, para passar pelo processo, o paciente deve se disponibilizar entre três e cinco horas por dia, pelo menos três vezes na semana, para realizá-la. Esses fatores podem deixar o tratamento exaustivo e, mesmo dependendo dele para sua sobrevida, muitos pacientes optam por abandoná-lo.
Conheça a hemodiálise noturna
Com cada vez mais adeptos na França, Portugal, Estados Unidos e Canadá, a hemodiálise noturna vem se mostrando como uma alternativa eficaz para o tratamento de doenças renais.
Um estudo realizado pelo European Nephrology Dialisys Institution mostrou que pacientes que passaram pelo tratamento hemodialítico de oito horas, durante três noites na semana, apresentaram melhor absorção de fósforo e, também, melhor controle da pressão arterial. Além disso, os pacientes relataram aumento de apetite, mais disposição e melhora no raciocínio.
O que acontece é que na diálise mais longa, a purificação do sangue é realizada de maneira mais eficaz do que no processo convencionalmente adotado, porque a depuração é feita de forma menos intensa, fazendo com que os efeitos colaterais sejam menores.
A diálise noturna é realizada enquanto o paciente dorme, e isso permite que as atividades diárias não sejam comprometidas. Outro ponto positivo é que “não perceber que está passando pela diálise” faz com que o tratamento seja mais leve e menos exaustivo psicologicamente.
Assim como na pesquisa europeia, hospitais que realizam o método no Brasil também relataram uma significativa melhora nos pacientes. Após seis meses de diálise noturna, foi constatado menos cansaço e fraqueza após o tratamento, menos cãibra, melhoria do apetite, sono e libido, além de mais disposição para o trabalho.
Dentre todas as vantagens proporcionadas pelo tratamento noturno, está a taxa de sobrevivência dos pacientes, que se mostrou maior quando comparada à dos pacientes que recorreram ao tratamento convencional.
Apesar de ser pouco conhecida no Brasil, a hemodiálise noturna é uma excelente alternativa para quem não se adaptou ao tratamento realizado durante o dia, para quem sofre de problemas cardíacos ou para quem não se adequou à dieta recomendada.
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