Congênita ou adquirida, a doença renal cística se caracteriza pela presença de cistos cheios de líquidos (também chamados de quistos) nos rins. Numa analogia bem simples, é como se fossem bolhas no órgão que crescem lenta e progressivamente.

Causas da doença renal cística

As maiores causas da doença renal cística, quando adquirida, são as mesmas de qualquer nefrite: doenças associadas. Hipertensão, diabetes, lúpus, problemas no coração e no trato urinário podem levar ao aparecimento da enfermidade. Como a doença também pode ser hereditária, se um dos pais possui a patologia, as chances de os filhos terem é de 50%. O ideal é realizar exames específicos para identificar quanto antes o problema.

Sintomas

Normalmente assintomático em seu estágio inicial, o problema pode apresentar alguns sinais em idades e condições diferentes. Sangue na urina, protuberâncias no estômago, cálculo renal, redução do apetite, pressão alta, infecções urinárias, anemia e perda de peso são alguns dos principais indícios. Em caso de estouro de um dos cistos, o paciente pode sentir dor abdominal ou ter até febre.

A situação merece atenção, pois, se não diagnosticado precocemente e acompanhado por um especialista, o cisto pode se transformar em um carcinoma renal cancerígeno. O problema costuma acometer cerca de 7% da população.

Quando você deve se preocupar

Após os 50 anos, os cistos nos rins são comuns. Já o aparecimento das “bolhas” em pessoas mais jovens deve acender o sinal vermelho. Já pode ser considerada anormal a presença de três ou mais cistos por rim em pessoas até os 40 anos. Nesse caso, o ideal é procurar um nefrologista para fazer o diagnóstico correto da patologia.

Na doença renal cística, os quistos crescem descontroladamente, ocupando espaços que deveriam ser do tecido dos rins. A longo prazo, isso leva à destruição desses órgãos e evolui para a doença renal crônica, fazendo com que seja necessária a diálise. O diagnóstico pode ser realizado de formas diferentes:

• Por meio de análises dos valores de ureia e creatinina presentes no sangue. No caso de pacientes com a enfermidade, os níveis são mais elevados;
• Por meio de ultrassom. No entanto, se os cistos forem muito pequenos, podem passar despercebidos. Nesses casos, tomografia computadorizada renal ou ressonância nuclear magnética diagnosticam o problema precisamente.

Doença renal cística tem cura?

Infelizmente, ainda não há cura, nem um tratamento 100% eficaz contra o problema. Existem medidas paliativas que ajudam a retardar o crescimento desordenado dos cistos e sua consequente evolução para a insuficiência renal. O acompanhamento médico e a execução das recomendações aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente.

Como combater

Assim como na maioria dos casos de nefrites, o combate se dá pela adoção dos bons hábitos de vida: ingestão de 1,5 a 2 litros de água por dia; controle da pressão arterial e do índice glicêmico em diabéticos; redução do consumo de sal; alimentação balanceada e in natura; atividade física regular e perda de peso. Também é preciso largar o tabagismo e consumir álcool com moderação.

Em casos mais graves da doença, os rins deixam de funcionar completamente, sendo necessário um tratamento que substitua a função dos rins, como hemodiálise e diálise peritoneal. O transplante de rins também resolve o problema da doença renal cística.  

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