De acordo com a definição fornecida pelo Ministério da Saúde, a dor neuropática é uma dor iniciada por lesão ou disfunção do sistema nervoso.
Não é possível saber quantas pessoas sofrem de dores crônicas no Brasil. Nos Estados Unidos, no entanto, estima-se que aproximadamente 31% da população tenha o problema, o que pode gerar incapacidade parcial ou total em até 75% dos casos.
A seguir, reunimos dados sobre dores crônicas, explicando quais são os tipos mais comuns, os seus sintomas e as possíveis formas de tratamento.
Se você deseja saber mais, prossiga com a leitura.
Tipos de dor neuropática
Dividimos as dores desse gênero em dois grupos:
Mononeuropatia
Promove dor localizada em um lado específico do corpo.
Está associada ao comprometimento de um trajeto nervoso específico, o que normalmente ocorre devido a doenças pré-existentes ou traumas.
Polineuropatia
Como o próprio nome sugere, a polineuropatia ocorre quando diversos trajetos nervosos apresentam danos.
A dor, nesse caso, apresenta-se de maneira mais agressiva, generalizada.
Quais são os sintomas?
A enfermidade apresenta-se como uma sensação de incômodo significativa, que pode ser contínua ou variável (ou seja, pode ter períodos de latência e momentos de crise).
A intensidade e a frequência dos sintomas variam conforme o quadro clínico do paciente, com o tratamento em curso e com a existência de outros problemas de saúde.
Em geral, pacientes que possuem dores crônicas relatam:
- Sensação de adormecimento ou formigamento em um dos lados do corpo, ou em ambos;
- Queimação na região afetada;
- Sensação de “agulhadas”, de choques ou pontadas agudas;
- Alteração das atividades diárias, visto que a dor às vezes pode ser incapacitante;
- Sentimentos de depressão, ansiedade ou insatisfação, especialmente quando a dor não consegue ser efetivamente controlada.
Dor neuropática: quais são as possíveis causas?
Existem diversas razões para o desenvolvimento de problemas na função nervosa. Abaixo, citamos algumas das mais comuns:
- Danos físicos, como traumas na região da cabeça;
- Condições congênitas;
- Exposição constante a produtos químicos;
- Doenças autoimunes;
- Diabetes mellitus, dado que a doença é progressiva e pode atacar o revestimento nervoso;
- Deficiência nutricional;
- Alcoolismo, já que o álcool é conhecido por provocar alteração na função nervosa;
- Infecção por HIV;
- Desordens na medula espinhal;
- Danos causados por cirurgias na região das costas ou na cabeça;
- Câncer;
- Quimioterapia;
- Utilização de medicamentos, especialmente se não houver o devido acompanhamento médico.
Dores do gênero são mais comuns em indivíduos do sexo feminino, o que sugere que pode haver relação hormonal com o surgimento de enfermidades dessa ordem. Porém, trata-se apenas de uma hipótese, sendo aguardadas pesquisas que possam comprovar essa possibilidade.
Como é feito o tratamento?
Cada indivíduo é único: seu histórico familiar, suas doenças pré-existentes, gênero, idade e hábitos influenciam diretamente no tratamento a ser feito.
Não é incomum que, no tratamento da dor neuropática, sejam utilizados anticonvulsivantes, que bloqueiam impulsos nervosos e fazem com que a dor diminua.
Antidepressivos também podem ser utilizados não apenas por atuarem na diminuição dos impulsos de dor, mas para tratar o abalo mental causado pelas dores crônicas e seus efeitos na vida cotidiana.
Tratamentos cirúrgicos podem acontecer em casos singulares.
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