O delírio é uma alteração da consciência, que envolve diversos fatores associados. Por isso, é dificilmente diagnosticado. A principal característica do sintoma é uma perturbação grave da mentalidade, resultando em redução da consciência.
Essa confusão mental, em que o paciente é incapaz de saber onde está, vê ou fala coisas que não existem de fato, acontece de forma repentina. A situação precisa ser avaliada pelo médico responsável para tomar as medidas necessárias.
Durante os episódios de delírio, é preciso que pessoa esteja acompanhada de forma constante, pois, ela pode agir de maneira inesperada e provocar acidentes com ela ou com outras pessoas.
Se você ficou interessado em saber mais sobre os fatores de risco que podem levar o paciente ao delírio, continue lendo o artigo.
Quais são os sintomas do delírio?
São muitos os sintomas do delírio, que incluem: dificuldade em focar em um assunto, distração e não conseguir manter uma conversa simples.
Algumas habilidades cognitivas são comprometidas como:
- memória comprometida para eventos recentes;
- desorientação;
- dificuldade para falar;
- dificuldade para compreender a fala dos outros;
- linguagem sem sentido;
- dificuldade para escrever e ler.
Alterações comportamentais também são identificadas em pacientes com delírio, tais como:
- alucinações;
- agitação;
- irritabilidade;
- agressividade;
- insônia;
- emoções intensas de raiva;
- depressão;
- ansiedade;
- medo.
Qual a incidência de delírio em pacientes internados na UTI?
Segundo estudos de pesquisadores brasileiros do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o delírio acomete 31,8% dos paciente internados em UTI.
O estudo revelou que pacientes com delírio tiveram mais risco de morte do que os outros, em torno de 2,10 vezes mais. Além de aumentar a prevalência para o processo de demência.
É importante lembrar que, em razão do uso constante de sedativos em pacientes na UTI, e a subnotificação das equipes de saúde, os casos de delírio ainda são pouco conhecidos.
Quais os fatores de risco para o delírio?
Os pacientes internados na UTI muitas vezes têm alterações importantes no funcionamento dos órgãos, infecções graves, uso de sedativos e outros medicamentos, o que gera maior predisposição a esse quadro.
Alguns fatores de risco podem ampliar a incidência do delírio, como:
- pessoas com demência;
- idosos;
- crianças com infecções que causam febre alta;
- problemas de visão ou audição;
- desnutrição ou desidratação;
- tratamento com múltiplas medicações;
- usuários de álcool e/ou drogas, ou em abstinência;
- cirurgia recente.
Se você estiver visitando o seu familiar na UTI e ele estiver no grupo de risco, fique atento aos sintomas acima. Caso perceba alguma alteração no comportamento do paciente, comunique à equipe médica o que está acontecendo.
É importante que o paciente receba o tratamento adequado para a melhora do delírio e que esta não interfira na sua capacidade de recuperação. Muitas vezes, a equipe médica não percebe que o paciente está com delírio, por isso, a família também é importante para sinalizar o quadro.
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