A fístula anal é uma espécie de túnel que surge entre o ânus, o reto, os tecidos e órgãos próximos.
É um problema de certa forma raro, mas pode acometer indivíduos com a Doença de Crohn, que foram afetados por retocolite ulcerativa, tuberculose, sífilis ou câncer e até mesmo pessoas que foram submetidos à cirurgia para tratamento de hemorroidas.
Elas podem ser originadas também de abscessos perianais, que são bolsas de pus bastante dolorosas que surgem ao redor do ânus e do reto.
Quais são os sintomas de fístula anal?
Além da protuberância ao redor da região anal, os indivíduos afetados pelo problema sentem dores ao evacuar ou sentar, edemas, perda de peso, perda de apetite, incômodo no abdômen, secreção fétida e náuseas.
Deve-se buscar opinião especializada diante de qualquer alteração significativa no funcionamento do corpo ou se há presença de dor localizada por vários dias.
Dificuldade para urinar, hemorragias na região do ânus e a presença de febre também sinalizam que é necessário submeter-se a exames múltiplos.
Como é feito o diagnóstico?
O médico solicita ao paciente que dê detalhes sobre o seu histórico médico, uma vez que a presença de doenças inflamatórias do intestino ou mesmo infecção por HIV podem dar dicas do problema que se apresenta.
Exames físicos também podem ser necessários, uma vez que o especialista deve avaliar a área afetada e buscar por sinais de fístulas, hemorroidas, infecções, presença de pus e similares.
Com o intuito de avaliar a gravidade da situação, o médico pode solicitar exames diversos, como o ultrassom e a proctoscopia.
Após o diagnóstico, é decidido um rumo de ação. Se a fístula for única e de tamanho discreto, é possível tratá-la com antibióticos, remédios tópicos e laser. Se o indivíduo apresentar fístula complexa ou severa, é possível que tenha que ser submetido a uma ou mais cirurgias.
Como é feita a cirurgia de fístula anal?
Também chamada de fistulectomia anal, a cirurgia em questão tem como objetivo fechar a fístula, permitindo que o paciente usufrua de melhor qualidade de vida e não sofra mais dos sangramentos e incômodos atrelados à enfermidade.
A intervenção é feita da seguinte forma: após anestesiar o paciente, o especialista faz um corte sobre a fístula e remove o tecido afetado pela doença. Para promover a cicatrização, insere um fio especial, chamado de sedenho, no interior da ferida.
Após a cirurgia, é natural que o paciente fique em observação no hospital. O período de internação pode variar, mas é comum que dure de 24h a 48h.
Finalizada esta etapa, o indivíduo é liberado para voltar para casa e deve ficar em repouso por pelo menos três dias, sem fazer grandes esforços, sem pegar peso e tomando os remédios antibióticos e anti-inflamatórios oferecidos pelo médico.
O tempo de repouso total varia de acordo com a gravidade do quadro e com a avaliação do especialista. Há quem retorne ao trabalho depois de cerca de duas semanas. Da mesma forma, há quem leve trinta dias para retornar à rotina.
Se o paciente possui mais de uma fístula, como já comentamos, é possível que ele tenha que passar por este processo mais algumas vezes. Apenas o médico responsável, no entanto, poderá dizer quais são as intervenções necessárias para que o indivíduo alcance o máximo de bem-estar e saúde.
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