O câncer de mama é uma doença que sempre traz grande temor às mulheres, pois, além do risco de vida, afeta diretamente a feminilidade e a maternidade. Isso porque o primeiro pensamento que surge é a necessidade de realizar uma mastectomia.
Contudo, apesar de ser uma alternativa eficaz, a cirurgia de retirada da mama não é indicada para todos os casos. Esse é o assunto deste artigo: quem pode e quem não pode realizar esse procedimento.
O que é a mastectomia?
Trata-se de uma intervenção cirúrgica que consiste na remoção de uma ou de ambas as mamas. Na maioria dos casos, essa cirurgia é realizada por pacientes portadoras do câncer de mama.
Ainda, existem cinco principais tipos de mastectomia: parcial, total, radical, preventiva e masculinizadora. Falaremos mais a frente sobre cada uma dessas técnicas.
Vale ressaltar que a retirada da mama é apenas uma das alternativas de tratamento nos casos de câncer. Outra possibilidade cirúrgica é a lumpectomia, que consiste na remoção apenas do nódulo e das áreas adjacentes ao tumor.
Quando é indicada?
A Mastectomia é indicada, principalmente, para mulheres com câncer de mama. Nesses casos, será considerado o estágio do tumor e a possibilidade de aumentar a taxa de sobrevida da paciente. Quando o diagnóstico é precoce, é possível optar pela lumpectomia.
Além desses casos, a mastectomia também é recomendada quando:
- há um diagnóstico de lúpus ou de esclerodermia, doenças que acometem o tecido conjuntivo e tornam a paciente sensível à radioterapia;
- a paciente já realizou sessões de radioterapia;
- a paciente já realizou a lumpectomia, mas ainda existem sinais do câncer;
- o tumor maligno está localizado em duas ou mais áreas da mama distantes entre si;
- o tumor tem mais que 5 cm ou tem um volume maior que o da mama;
- a paciente se enquadra em alguns dos fatores de riscos genéticos, tal como a mutação no gene BRCA;
- há um diagnóstico de câncer de mama inflamatório.
Como é a cirurgia de mastectomia
Trata-se de um procedimento que pode ser realizado por meio de diferentes técnicas. O melhor método será correspondente ao objetivo da cirurgia. Além disso, a escolha do médico irá considerar o estado de saúde da paciente, as características e a localização do tumor.
A cirurgia parcial (quadrantectomia) consiste na remoção de um nódulo ou um tumor benigno, sem a necessidade de remover a mama. Já a mastectomia total retira as glândulas mamárias por completo, a pele, a aréola e o mamilo.
Por fim, o tipo radical tem por objetivo extrair toda a mama, os músculos localizados abaixo dela e os gânglios da axila. A cirurgia preventiva é realizada quando a paciente tem o risco elevado de adquirir o câncer e a remoção da mama é o melhor caminho a ser seguido.
Já a masculinizadora é um procedimento feito para dar a aparência masculina ao tórax feminino, a partir da retirada das mamas.
Como é o pós-operatório?
A Mastectomia é uma cirurgia rápida, dura cerca de 90 minutos e a paciente recebe anestesia raquidiana ou geral. A recuperação também é imediata, necessitando de, em torno, dois dias de internação para acompanhamento.
Durante o pós-operatório, os seguintes cuidados precisam ser tomados:
- Esvaziar o dreno duas vezes ao dia e registrar a quantidade drenada para informar ao médico;
- Fazer uso de analgésicos ou anti-inflamatórios que serão prescritos;
- Não levantar peso, fazer atividades físicas ou dirigir;
- Retornar ao consultório médico para uma avaliação da recuperação;
- Proteger o braço de ferimentos ou acidentes nos casos em que foi preciso remover os gânglios linfáticos.
Pronto! Agora você já sabe quando a mastectomia é indicada e conhece os diferentes tipos de métodos que podem ser realizados.
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