O crescente número de idosos e de pessoas que passam por procedimentos quimioterápicos, ou que sofrem de doenças crônicas, tem desencadeado um panorama preocupante para a saúde. Nesse sentido, uma dessas preocupações diz respeito ao processo de nutrição do paciente.
Neste cenário, a gastrostomia tem se tornado cada vez mais imprescindível para que as necessidades nutricionais básicas do indivíduo em tratamento sejam restabelecidas.
Entenda mais sobre o assunto em nosso artigo.
O que é a gastrostomia?
Trata-se de um procedimento que pode ser de natureza endoscópica, cirúrgica aberta ou videolaparoscopica, que viabiliza a passagem de uma sonda alimentar que fará a nutrição do paciente impossibilitado ou com dificuldades de ingerir alimentos. Tal sonda é inserida no local onde o cirurgião ou endoscopista julgar apropriado.
Como é o preparo do procedimento?
Antes da realização da gastrostomia, o paciente deve estar com o estômago vazio, permanecendo em jejum por 8 horas ininterruptas. Além disso, o uso de medicamentos inibidores de bomba protônica (IBP), como esomeprazol, lansoprazol, omeprazol, pantoprazol e rabeprazol, deve ser suspenso por no mínimo 48 horas. Além desses, o uso de aspirina (AAS) ou clopidogrel deve ser suspenso sete dias antes da realização do procedimento.
Por fim, caso o paciente seja hipertenso, a ingestão do medicamento deve ser feita com apenas um gole de água. Já nos casos de pacientes diabéticos, não deve ser feito uso de insulina ou de hipoglicemiantes orais no dia da gastrostomia, cabendo ao médico realizar o controle dos níveis glicêmicos.
Quando a gastrostomia é indicada?
Este procedimento é indicado em diversas situações e tem se mostrado o método mais seguro e eficaz para auxiliar os pacientes em suas necessidades nutricionais. A seguir, iremos detalhar as situações mais comuns em que a gastrostomia é indicada:
Via de drenagem do conteúdo gástrico e de administração de nutrientes
Neste caso, a sonda realiza dois papéis imprescindíveis. O primeiro é a drenagem de todas as substâncias, função que deveria ser realizada pelo próprio organismo, e em segundo lugar propiciar a ingestão de nutrientes.
Prevenir a distensão e o refluxo do conteúdo gástrico
Além de drenar o suco gástrico, a gastrostomia evita que este material do estômago provoque danos ao aparelho digestivo do paciente.
Doenças neurológicas (derrame cerebral, Alzheimer, Parkinson, esclerose) e Doença Amiotrófica (demência senil, trauma da face e cranioencefálica, paralisia cerebral, etc.)
Pacientes que sofrem de doenças neurológicas graves tendem a apresentar uma série de dificuldades para ingerir alimentos, principalmente para realizar a deglutição, devido às sequelas cerebrais que afetam as funções motoras. Diante disso, a alimentação é realizada através da sonda inserida pela gastrostomia.
Câncer (em que haja viabilidade do trato gastrointestinal com expectativa prolongada de vida)
A gastrostomia é indicada para pacientes que sofreram com sequelas permanentes no aparelho digestivo em consequência de um câncer. O paciente deve ter sido curado e com expectativa de vida prolongada. Neste caso, a sonda realiza as funções que foram comprometidas pela doença. Além disso, oferece melhora significativa na qualidade de vida do indivíduo.
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