Quando o paciente não consegue ingerir os nutrientes necessários para suprir suas necessidades fisiológicas, ou não possui apetite constante, se faz necessário buscar formas alternativas para tal fim. Nesses casos, a nutrição enteral é necessária.
Entenda como ela é realizada, a seguir.
O que é a nutrição enteral e quando ela é indicada?
Conforme abordamos acima, a nutrição enteral é a alternativa para a ingestão de nutrientes que, por algum motivo clínico, não pode ser feita de maneira convencional.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) formulou uma definição para a nutrição enteral. O órgão define o procedimento como a “administração de alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas”.
Este procedimento é indicado em diversas situações, que incluem:
- doenças desmielinizantes;
- doenças inflamatórias no intestino;
- perfuração traumática do esôfago;
- câncer;
- coma;
- estado confusional;
- anorexia nervosa;
- acidente vascular cerebral (AVC);
Como é realizada a nutrição enteral?
A nutrição enteral com a inserção de uma sonda no estômago ou intestino delgado (conforme escolha do médico, após avaliação de cada caso). Assim, a sonda possibilita a administração de alimentos líquidos ou em pó, que substituem plenamente os alimentos sólidos no que se refere aos nutrientes que possuem.
Existem quatro tipos de sondas, que são inseridas diante do quadro clínico do paciente e das necessidades do mesmo, são elas:
- nasoenteral em posição gástrica (ng): é inserida no orifício nasal e desce até o estômago;
- nasoenteral em posição intestinal (nj): é inserida através do orifício nasal e desce até o intestino (jejuno);
- de gastrostomia: inserida através de um pequeno corte no abdômen diretamente no estômago do paciente. é indicada nos casos em que o paciente necessitará da nutrição enteral por um período mais prolongado;
- jejunostomia: é inserida diretamente no intestino (jejuno), através de um corte no abdômen e também é indicada em tratamentos de maior duração.
Tipos de alimentação enteral e cuidados a serem adotados
A alimentação administrada pela sonda pode ser caseira ou industrializada. Os alimentos caseiros consistem em legumes, hortaliças, carnes e frutas, devidamente liquidificador e peneirados para que estejam em estado líquido.
Já os alimentos industrializados são vendidos em quantidades fechadas e prontas, bastando diluí-los em água e administrá-los, pois já possuem os valores nutricionais adequados e balanceados para as necessidades do paciente.
Deve-se sempre ressaltar a importância de manusear os alimentos de maneira correta, atentando-se à higienização das mãos, dos alimentos e também do equipamento (sonda e recipiente que conterá o alimento). Na maioria dos casos, os pacientes estão com a saúde debilitada e o risco de contaminação é alto.
Por fim, caso haja qualquer tipo de dano ou entupimento na sonda de nutrição enteral, deve-se buscar ajuda médica imediatamente. Em hipótese alguma tente solucionar o problema por conta própria.
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