Estima-se que mais de dez milhões de pessoas no mundo sofram ou já sofreram com alguma doença inflamatória intestinal, tal como retocolite ulcerativa e doença de Crohn. Por apresentar sintomas comuns a outras patologias, é de difícil diagnóstico.
Você conhece as doenças inflamatórias intestinais? Este texto tratará, especificamente, da retocolite ulcerativa, que poucas pessoas conhecem.
O que é retocolite ulcerativa?
É uma inflamação que afeta a camada mais superficial do cólon (intestino grosso), podendo provocar ulceração na região. Essa patologia pode ter diferentes nomes, que variam de acordo com a área afetada.
Quando afeta apenas a parte inferior do cólon ou do reto é chamada de proctite ulcerativa. Se o local atingido for o lado esquerdo do cólon, no entanto, recebe o nome de colite distal ou limitada. Quando compromete todo cólon, pode ser chamada de pancolite ou colite universal.
A retocolite é uma doença inflamatória intestinal (DII), ocasionando, dessa forma, sintomas semelhantes a outras patologias abrangidas nesse grupo, tais como a doença de Crohn. O tratamento também é similar.
Apesar de terem pontos em comum, diferentemente da doença de Crohn, a retocolite afeta apenas o reto e o intestino grosso.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são mais evidentes nos períodos graves de crise, ocorrendo diarreia intensa com incidência de sangue nas fezes, febre alta, fortes cólicas e, em alguns casos, inflamação do revestimento do abdômen (peritonite).
O início da crise se caracteriza pela vontade repentina de evacuar, dor abdominal leve e ocorrência de sangue e muco nas fezes. Outra característica importante para o diagnóstico é o estado das fezes.
Quando a inflamação atinge apenas o reto e cólon sigmoide, as fezes são duras e secas. Se, entretanto, a patologia se estende para as partes altas do intestino grosso, as fezes ficam moles e as evacuações são contínuas.
Nos quadros mais graves, o indivíduo pode apresentar hemorragia, colite fulminante, artrite, inflamação nos olhos ou desenvolver o câncer de cólon.
Quais são as causas?
Ainda não existe uma comprovação científica para a causa da doença. Sabe-se, no entanto, que há uma relação com a genética, com uma reação exagerada do sistema imunológico e com o tabagismo.
Como é o tratamento?
O tratamento da retocolite ulcerativa tem por objetivo reduzir a inflamação, aliviar os sintomas e repor os nutrientes e líquidos perdidos. Em seguida, conheça as medidas mais eficazes no tratamento:
- suplementação de ferro para compensar uma possível anemia;
- adoção de uma dieta pobre em fibras e sem laticínios;
- reposição de vitamina D e cálcio;
- uso de antidiarreicos, aminossalicilatos, corticosteroides e imunomoduladores;
- aplicação de agentes biológicos.
Conforme a gravidade do caso, pode ser necessário procedimento cirúrgico. A cura total da doença pode ser obtida por meio da proctocolectomia total, que é a retirada integral do intestino grosso, reto e ânus.
Contudo, indivíduos que se submetem a esse procedimento precisam realizar a ileostomia. A ileostomia consiste em criar uma abertura no abdômen para a evacuação e a colocação de uma bolsa plástica para a coleta das fezes.
A retocolite ulcerativa é uma doença grave, que necessita de tratamento. Dessa forma é possível viver uma vida normal, com os sintomas sob controle.
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