O pterígio também é conhecido como carne crescida ou carninha no olho. Trata-se de uma espécie de lesão benigna provocada pelo aumento fibrovascular de tecido conjuntivo na região de exposição ocular que segue em direção à córnea.
Ele geralmente cresce lentamente ao longo da vida. Pode, contudo, estagnar o crescimento em determinado ponto. Em alguns casos mais avançados, entretanto, o pterígio continua se expandindo até recobrir boa parte do eixo visual, o que prejudica diretamente a capacidade de enxergar.
O pterígio é mais comum em homens que em mulheres. Acomete os indivíduos, sobretudo, após os 20 anos de idade.
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O que é pterígio?
A palavra pterígio vem do termo grego pteron, que significa asa. Essa é uma referência ao formato da lesão, geralmente triangular. Trata-se de um espessamento rosado ou esbranquiçado, sutilmente elevado. Costuma se formar no canto nasal, mas também pode se desenvolver na parte externa da conjuntiva.
Quais as causas?
O crescimento dessa lesão é causado, normalmente, pela exposição aos raios solares. De acordo com pesquisas recentes, o pterígio também pode ter relação com mutação de células germinativas do limbo corneano. Além disso, ressecamento e irritação ocular provocados por fatores como exposição à poeira e ao vento.
Quais os sintomas?
Em alguns casos de pterígio, o único sintoma é justamente a ocorrência da lesão nos olhos, que resulta apenas em incômodo estético. Entretanto, pterígios maiores podem desencadear vermelhidão e inflamação ocular, o que gera desconforto, ardência, sensação de areia ou corpo estranho no olho, coceira, bem como embaçamento visual. Se a lesão avançar sobre a córnea, pode ocorrer astigmatismo corneano, ocasionando visão turva das imagens, uma vez que a nitidez fica comprometida.
Como tratar o quadro?
Para tratar o pterígio é fundamental consultar um bom oftalmologista. Quando é pequeno e assintomático, não é necessário intervir, embora seja preciso acompanhar a evolução. Se houver agravamento e quadro inflamatório, colírios dos tipos lubrificante, vasoconstritor e anti-inflamatório podem ser utilizados conforme a orientação do especialista. Caso a lesão seja muito grande e provocar desconforto e problemas visuais, pode haver indicação cirúrgica.
A cirurgia costuma ser feita por meio da técnica de excisão do pterígio, com recobrimento da área exposta com membrana amniótica ou retalho/enxerto da conjuntiva do indivíduo, ou seja, um autotransplante conjuntival. Os resultados costumam ser muito positivos. No entanto, a cirurgia não garante impossibilidade de recorrência do pterígio. Estimativas revelam que em 60% das pessoas operadas pode haver recidiva. A taxa de retorno é significativamente maior (97%) nos 12 primeiros meses pós-cirurgia.
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