Cerca de 10% da população brasileira tem algum tipo de doença renal crônica, isto é, um comprometimento persistente e progressivo na função dos rins. Tal condição representa uma ameaça para a saúde, pois fera o acúmulo de resíduos, líquidos e toxinas no organismo, o que pode afetar diversos sistemas do corpo, incluindo o controle da pressão arterial, a saúde óssea, a absorção de vitaminas, a produção de glóbulos vermelhos e o trabalho dos órgãos. Neste artigo, você vai entender qual é a participação do nutricionista nos cuidados com o sistema renal.
Doenças renais crônicas podem ser causadas por múltiplos fatores, como diabetes, hipertensão, nerfrite intersticial, cistos nos rins, obstruções no trato urinário, refluxo vesicoureteral, condições autoimunes, traumas ou lesões nos rins, uso de determinados medicamentos e substâncias tóxicas, nefropatia de refluxo, etc.
As doenças renais crônicas devem ser tratadas de forma multidisciplinar. O especialista responsável por conduzir o tratamento é o nefrologista, especialista no estudo da fisiologia, do diagnóstico e do cuidado de doenças nos rins e no trato urinário. Mas esse profissional não trabalha sozinho! A participação do nutricionista é extremamente importante no alcance de bons resultados. Leia o artigo e descubra qual é o papel do profissional de nutrição no tratamento de doenças renais crônicas.
Qual é a importância do nutricionista no tratamento de doenças renais?
O nutricionista é o profissional especializado em oferecer atenção dietética e promover ações no âmbito da segurança alimentar voltada para diferentes finalidades, como controle de peso, manutenção de taxas saudáveis de glicose e colesterol, otimização do trabalho digestivo, eliminação de toxinas, dentre outros.
Esse especialista está focado na relação entre saúde e alimentação, portanto pode auxiliar efetivamente na garantia do bem-estar e da qualidade de vida de pacientes com perfis variados. O papel dele é ajudar a prevenir e tratar doenças, inclusive, as renais.
A nutrição e o tratamento de pacientes renais
O acompanhamento nutricional de pacientes renais é essencial no processo de adoção de hábitos alimentares saudáveis e adequados à condição clínica dessas pessoas, evitando possíveis complicações que podem ser desencadeadas pela alimentação desequilibrada.
Em doenças renais crônicas, condições como sobrepeso ou diabetes descontrolada podem afetar gravemente os rins. Em muitos casos, as complicações podem ser irreversíveis.
Como deve ser a alimentação de quem tem problemas crônicos nos rins?
O ideal é que os pacientes com doenças renais crônicas adotem alimentação o mais natural possível, rica em alimentos como frutas, legumes, verduras, proteínas magras, sementes oleaginosas e azeite. Isso auxilia no controle de peso, melhora o funcionamento do organismo e colabora na prevenção de inúmeras enfermidades, inclusive as renais. Alimentar-se bem é, sem dúvida nenhuma, uma forma de reduzir os riscos de descontrole da pressão arterial, de elevação das taxas de colesterol e glicose no sangue.
No caso dos pacientes já diagnosticados com problemas renais, o profissional da nutrição pode ajudar a estabelecer uma dieta personalizada, com adequação aos níveis de proteína, a qual deve ser consumida de acordo com os resultados dos exames clínicos e o estágio em que a doença se encontra.
Cabe ao profissional da área de nutrição, também, estabelecer as quantidades ideais de carboidrato, indicar o consumo ideal de calorias, recomendar as melhores fontes de gordura e fazer o ajuste de vitaminas e sais minerais conforme os níveis apresentados pelos pacientes renais. Se for preciso, em parceria com o nefrologista, ele poderá prescrever suplementos e medicamentos que não comprometam o tratamento conservador da doença.
Cumpre salientar que proteínas, potássio, fósforo e sódio devem ser monitorados e contabilizados, respeitando-se os parâmetros da doença, o estadiamento da enfermidade e o perfil do paciente. Não se deve restringir o consumo ou substituir alimentos aleatoriamente.
Qual o papel da nutrição na diálise?
Em pacientes que se submetem à diálise, o corpo apresenta necessidades energéticas e nutricionais distintas. Alguns indivíduos têm catabolismo importante nas sessões, além de queda de apetite e alterações metabólicas severas. Daí a necessidade de integrar o nutricionista ao tratamento. Ele é parte indispensável nesse processo!
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