Distúrbios de movimento involuntário, como o próprio nome sugere, são caracterizados por movimentos excessivos, anormais, que não dependem da vontade e não podem ser controlados pelo indivíduo afetado.
Eles podem incluir um conjunto de sintomas, como tremores e distonias, e podem ser causados por diversas razões.
Tremores são movimentos causados por contrações alternadas de músculos e podem ocorrer durante o repouso do corpo, quando a pessoa está em uma posição específica ou quando se movimenta.
Seu ritmo e frequência variam de acordo com a enfermidade ou razão do problema.
Distonias, por sua vez, causam movimentos de torção, posturas incomuns e tremores mais lentos.
Ocorrem por causa da contração simultânea de dois grupos musculares, os agonistas e os antagonistas.
Há ainda outras categorias de movimento involuntário, mas essas são as mais comuns e mais discutidas.
Algumas das enfermidades atreladas aos distúrbios de movimento involuntário são:
- Doença de Huntington, problema hereditário que provoca a degeneração progressiva de células nervosas da região cerebral;
- Doença de Parkinson, uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que é progressiva e crônica. Causada pela diminuição intensa de um neurotransmissor (a dopamina), gera também perda de equilíbrio;
- Degeneração hepatolenticular, uma doença hereditária autossômica recessiva, caracterizada pelo acúmulo de cobre nos tecidos do cérebro e fígado. Além de doença hepática, o paciente manifesta alterações neuropsiquiátricas.
Como a toxina botulínica pode ajudar pessoas com distúrbios de movimento involuntário?
Vamos por partes.
A toxina botulínica, que é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é conhecida especialmente por seu uso na área da estética.
Ela, no entanto, é efetiva no tratamento de uma série de transtornos, como os que tematizam este artigo.
Ela pode atuar nos terminais nervosos, inibindo a ação de contração muscular.
Aplicação
Como se sabe, a toxina botulínica é aplicada por meio de injeção. Costuma ser um procedimento rápido, com dor aceitável e resultados incríveis, o que faz dela uma excelente opção para indivíduos que sofrem de distúrbios involuntários de movimento.
Não há paralisia completa dos músculos na área de aplicação, o que acontece é o relaxamento da área muscular responsável pelas contrações.
Para que o tratamento seja efetivo, é preciso que o agrupamento muscular responsável pelos espasmos seja corretamente identificado e que a quantidade correta de produto seja aplicada.
Para que isso ocorra, é importante contar com o trabalho de um médico qualificado.
O tempo de efeito pode variar, mas costuma levar de um a três dias.
A alteração no movimento e o bem-estar costumam acontecer dentro de uma semana, mas há pacientes que levam até quinze dias para perceber a melhora clínica.
A duração, por sua vez, é bastante variável.
Há quem precise de outra aplicação em três meses, da mesma forma que há quem retorne ao consultório a cada seis meses.
Há efeitos colaterais?
Normalmente, os efeitos estão atrelados à aplicação em si. Portanto, é esperado que a área fique sensível, um pouco inchada ou com pequenos hematomas.
O aparecimento de dor também não é incomum.
Felizmente, os efeitos colaterais podem ser facilmente resolvidos: basta aplicar compressas de gelo sobre a área inchada e, quando necessário, tomar analgésicos receitados pelo médico.
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