Quando certo parasita de nome Toxoplasma gondii ataca o organismo de uma mulher grávida e provoca toxoplasmose, o sinal de alerta logo começa a piscar. Os perigos são muitos e requerem enfrentamento para preservar as vidas da mãe e do bebê. O problema, causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados, é uma das doenças transmitidas por animais mais comuns em todo o mundo.
Essa contaminação pode acontecer de três formas: ingestão dos microrganismos por meio de qualquer material/alimento/líquido contaminado por fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua infectada, especialmente de porco e carneiro; e infecção intra placentária, quando a mãe está com o protozoário e passa para o feto.
Os sintomas da infecção dependem do estágio em que ela se encontra (agudo ou crônico) e podem incluir dores musculares, febre, cansaço, mal-estar e gânglios inflamados. Quando manifestados na gravidez, se potencializam e ficam bem mais intensos.
Riscos
Mulheres infectadas durante a gestação podem ter abortamento ou nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. Levantamentos indicam que 85% dos recém-nascidos infectados não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascimento, porém podem passar por certas restrições, como prematuridade e anormalidades visuais e neurológicas, além de sequelas tardias.
É por isso que, na lista de exames realizados no pré-natal, um dos mais importantes é para detectar se a mãe tem/teve toxoplasmose. Se ela foi infectada no passado, os cistos podem estar presentes, mas não são uma preocupação e não existe risco para o bebê. Contudo, se a infecção acontecer durante os nove meses, o quadro complica, uma vez que ela entra em fase ativa.
Os testes de sangue não buscam encontrar os protozoários, mas, sim, as células do sistema imunológico. Quando algum microrganismo nos infecta, o corpo produz dois tipos de células para combater essa infecção: imunoglobulina M (IgM) e imunoglobulina G (IgG). O diagnóstico fetal, por sua vez, pode ser feito após a décima oitava semana de gestação. Com ele, é possível saber se o feto está ou não contaminado e, então, direcionar o tratamento mais adequado para o caso.
Enfrentamento
Feito o diagnóstico, o tratamento deverá ser instituído o mais rapidamente possível. Se a mulher está com a doença ativa, isto é, com risco de transmissão congênita, é prescrito um antibiótico com baixo teor tóxico. Se o feto não foi infectado, o medicamento permanece até o final da gestação. No entanto, se a infecção fetal por confirmada, remédios potencialmente mais tóxicos podem entrar em cena; nesse último caso, os riscos são grandes, então o médico e a paciente avaliam, juntos, o risco-benefício.
Preciso abandonar meu gatinho?
O melhor a se fazer é, antes da concepção, realizar o teste de toxoplasmose. Se a mulher já teve a infecção, automaticamente está imune, portanto o gatinho não representa riscos. Mas se o resultado der negativo, indicando que a grávida nunca esteve exposta ao Toxoplasma gondii, é melhor deixar o bichano longe durantes os noves meses, já que, quando infectado, ele elimina os ovos desse protozoário pelas fezes, que poluem o ambiente e contaminam quem por ali circula, bastando apenas dividir os mesmos espaços.
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