O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um dos diversos tipos de transtornos de ansiedade que hoje atinge quase 3% da população mundial.
É um transtorno psiquiátrico marcado pela presença de obsessões e compulsões. Muitas vezes, é confundido com uma mania ou um capricho. Contudo, é um distúrbio mental que carrega um sofrimento psíquico com alto potencial incapacitante.
A doença se divide em 2 subtipos: Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico e Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito. No primeiro caso, as obsessões e compulsões existem, mas não há prejuízo das atividades cotidianas. No segundo caso, a obsessão se apresenta de forma tão grave, que só é aliviada com as atitudes compulsivas.
O principal fator relacionado às causas do transtorno é o histórico familiar. Pesquisas indicam também que, nas pessoas que desenvolvem o problema, é possível haver uma desconexão em algumas áreas do cérebro que utilizam a serotonina.
O TOC pode ter caráter crônico. Ao longo da vida, os sintomas podem aumentar ou diminuir de intensidade. Por isso, leva-se em média até 9 anos para conseguir estabelecer o diagnóstico adequado. A falta de tratamento interfere em todas as relações sociais do paciente e abre precedente para o desenvolvimento de outros transtornos psiquiátricos, como depressão.
Obsessões e compulsões
As obsessões são caracterizadas por pensamentos constantes e obstinados que dominam a mente de forma descontrolada, ocasionando ansiedade excessiva no paciente. Para suprimir essas ideias, a pessoa tenta ignorá-los através de novos pensamentos ou realizar alguma ação.
As compulsões são os comportamentos ritualísticos que o paciente desenvolve em virtude das obsessões. Não raro, é compreendido como algo irracional, a pessoa tem consciência de que essa conduta é sem sentido. Entretanto, a prática dos rituais tem a capacidade de, algum modo, cessar o sofrimento causado por aquelas pensamentos obsessivos.
Para exemplificar, alguma das obsessões mais comuns são:
- Limpeza;
- Simetria;
- Acumulação de objetos.
As compulsões geradas nesses casos são, por exemplo:
- Se lavar o tempo todo e não encostar em outras pessoas;
- Arrumar os objetos de forma que sigam um alinhado simétrico;
- Guardar objetos sem utilidade, que podem até ser considerados lixo.
Na maioria das vezes, os sinais começam a surgir na infância e adolescência, mas podem aparecer em qualquer idade. Entenda os principais sinais :
Sinais do TOC
As “manias” dos pacientes de TOC são acompanhadas por um sentimento de culpa, medo ou angústia, que não se justificam naquele momento.
A pessoa com transtorno obsessivo compulsivo desenvolve alguns rituais que se repetem sempre diante de uma ou várias situações específicas. Muitas vezes, eles só concluem uma atividade se conseguirem executar o ritual.
Quando as compulsões são logicamente ligadas às obsessões, fica fácil notar a manifestação do problema. Porém, quando não estão relacionadas de forma evidente, fica mais difícil para alguém, que não o próprio paciente, identificar. Isso ocorre, por exemplo, quando a pessoa precisa contar até um determinado número para sair do banho.
Alguns sinais são mais comuns, entre eles podemos citar:
- Mania exagerada de limpeza e higiene pessoal;
- Problemas para pronunciar algumas palavras;
- Problemas para se decidir em alguma situação, por forte receio de que algo ruim vai acontecer, se fizer a escolha errada;
- Preocupação excessiva com simetria;
- Mania de organização fora dos padrões;
- Pensamentos negativos e agressivos relacionados com mortes e acidentes;
- Pensamentos repetitivos de cunho sexual ou religiosos.
No transtorno obsessivo compulsivo, os temas relacionados às obsessões e o tipo de comportamento desenvolvido é pessoal e cada paciente vai manifestá-lo de uma forma específica. Fique atento caso perceba pessoas próximas obedecendo rituais sem sentido para realizar alguma atividade. O TOC tem tratamento e precisa de um acompanhamento psiquiátrico.
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