O câncer de mama é o tipo de neoplasia maligna que tem a maior taxa de mortalidade entre mulheres no mundo. Apesar de ser a mais comum, não é a única doença grave que afeta a região. As mamas também podem ser atingidas por algumas infecções, como a tuberculose mamária.
Você já ouviu falar nesse tipo de tuberculose? Pois é, ela não é de conhecimento da população, pois sua incidência é baixa, sendo considerada uma doença rara. Nesse artigo, você vai conhecer os sintomas, as causas e as alternativas de tratamento para essa patologia.
O que é tuberculose?
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada de bacilo de Koch, em homenagem ao alemão Robert Koch, médico que investigou e identificou o transmissor. Durante muitos anos, essa patologia foi motivo de preocupação no Brasil.
Atualmente, apesar de ainda ser relevante, sua incidência tem reduzido no mundo, afetando cerca de ⅓ da população mundial. Porém, desse grupo, apenas 10% manifestam sintomas, sendo o restante combatido com sucesso pelo sistema imunológico.
O bacilo de Koch inicia a sua infestação pelos pulmões, manifestando o tipo mais conhecido da doença que é a tuberculose pulmonar. Contudo, a bactéria pode ser alastrar para outras partes do corpo, tais como, rins, cérebro, ossos, pele, mamas e linfonodos.
O que é a tuberculose mamária?
É o tipo de tuberculose que afeta as mamas e é quase que exclusiva do sexo feminino, principalmente em mulheres afrodescendentes e/ou portadoras do vírus HIV. É uma patologia incomum, representando apenas 4,5% dos casos de todas as lesões que afetam as mamas.
A tuberculose mamária pode se manifestar de diferentes formas. Ela pode ser diagnosticada como uma massa de formato anormal na mama, como uma ferida de drenagem ou como múltiplas fístulas.
Além disso, é considerada primária, quando não há outro foco da doença ou secundária, quando é possível identificar e localizar a sua origem. Normalmente, se propaga para a mama por meio da parede torácica ou pelos gânglios linfáticos.
O diagnóstico deve ser considerado quando é percebido um envolvimento mamário de evolução crônica, apresentando nódulos ou inflamações com drenagens e sem características de malignidade.
Quais são os sintomas?
Por ser uma doença rara, ainda há pouca informação sobre o tema. Além disso, costuma ser confundida com casos de câncer ou outros tipos de tumores. As principais características apresentadas pelas pacientes são:
- Mastite tuberculosa, caracterizada por uma protuberância da mama semelhante a um tumor maligno;
- Presença de uma massa nas mamas, com ou sem ulceração na pele que recobre os seios;
- Nódulos múltiplos ou caroços incomuns na mama;
- Mal-estar;
- Febre;
- Perda de peso;
- Suores noturnos.
Como é o tratamento?
A tuberculose mamária é de difícil diagnóstico, pois pode ser facilmente confundida com outras doenças. A principal característica que a identifica é uma protuberância, dolorosa ou não, no quadrante exterior central ou superior do seio.
Também pode ser realizado o Teste de Mantoux, que confirma a exposição do paciente ao bacilo de Koch. A tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética ajudam a avaliar a extensão da lesão para além da mama.
O tratamento consiste em quimioterapia antituberculosa a partir do uso combinado de quatro drogas. Essa alternativa pode durar até seis meses. A cirurgia é mais utilizada para fins de diagnóstico, como em uma biópsia excisional.
Contudo, quando a doença está extensa, a mastectomia pode ser indicada para remover uma grande massa ulcerada e dolorosa existente na mama.
Apesar de ser rara, é importante conhecer a tuberculose mamária. Caso tenha qualquer outra dúvida sobre o assunto, procure um mastologista. Quer saber mais? Clique no banner!