Entre os meses de junho e agosto de 2018, um grande número de casos de caxumba voltou a ser registrado em diversas regiões do país. Conhecida também como papeira ou parotidite infecciosa, ela é uma infecção causada por vírus. O problema afeta as glândulas parótidas, situadas entre as orelhas. 

Pode afetar ainda outras glândulas próximas aos ouvidos, causando inchaço na lateral do rosto.

Ela é uma doença sazonal. Em suma, significa que ocorre periodicamente, por incidir principalmente no período de inverno e início da primavera. Crianças e adolescentes são os principais afetados por ela.

O período de incubação varia de 14 a 25 dias. A transmissão se dá pelo contato direto com as secreções da tosse, do espirro ou da fala de pessoas infectadas. Isso ocorre à partir de 2 dias antes até 9 dias depois do aparecimento dos sintomas.

Sintomas da caxumba

Os principais sintomas dessa infecção são os seguintes: febre, dor na face e aumento do volume das glândulas salivares. Ela também pode provocar dor no corpo e na cabeça.

No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1/3 dos casos pode não apresentar sintomas.

Complicações mais graves são raras, mas também podem ocorrer. Dentre elas, estão inflamação nos testículos (orquite), inflamação nos ovários (ooforite) em mulheres acima de 15 anos, inflamação do pâncreas (pancreatite) e inflamação que envolve cérebro e meninges (meningoencefalite).

Tratamento

Assim como a maioria das infecções virais, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo. O tratamento de uma criança ou de um adulto objetiva apenas aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e antitérmico.

Mesmo assim, são recomendados repouso até a melhora dos sintomas, boa higiene bucal e alimentação líquida ou semissólida, que são mais fácil de engolir. 

É preciso evitar, ainda, a ingestão de alimentos ou sucos ácidos, além de alimentos muito condimentados, pois estes provocam o aumento da secreção da glândula parótida e, consequentemente, causam dor.

A maioria dos adultos e crianças se recupera da infecção em 2 semanas, sem grandes complicações. Após esse período, a pessoa não é mais considerada contagiosa e pode retornar às atividades cotidianas.

São raros os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba. Sendo que, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. Entretanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado do rosto, o outro pode ser afetado em outro momento.

Prevenção

A prevenção contra a caxumba é feita com o uso de vacina produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. As vacinas contra a doença são a tríplice viral (que imuniza contra caxumba, sarampo e rubéola) e a tetraviral (que, além das outras patologias incluídas na tríplice, imuniza contra varicela). A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses e a segunda, entre 4 e 6 anos.

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